Voltar à Página da edicao n. 395 de 2007-08-28
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Na Beira Interior ainda não houve acidentes mortais na construção civil este ano

Beira Interior sem mortes na construção civil

Guarda e Castelo Branco são dois dos quatro distritos onde em 2007 não se registaram mortes em acidentes de trabalho na construção civil. No total, 41 trabalhadores da construção civil perderam a vida desde Janeiro, em Portugal.

> Ricardo Morais

Os distritos de Castelo Branco e Guarda fazem parte da lista de distritos onde não se verificou ainda qualquer vítima mortal em acidentes de trabalho, no sector da construção, este ano. No total, são apenas quatro os distritos a apresentar este índice positivo, segundo os dados revelados pelo Sindicato da Construção do Norte. Bragança e Portalegre são os outros dois que não têm mortes a registar.
Ainda segundo os dados avançados pela estrutura sindical, os acidentes mortais na construção civil registaram uma redução em 2007, com menos 12 mortes que em igual período do ano anterior. No total, 41 trabalhadores da construção civil perderam a vida desde Janeiro, em Portugal. Os distritos onde ocorreram mais mortes foram os de Lisboa, com dez, e o Porto, com seis, seguidos de Aveiro e Beja, com quatro, e Leiria e Setúbal, com três. Em Coimbra, Faro, Viana do Castelo e Viseu morreram dois trabalhadores em cada distrito e em Évora, Vila Real e Santarém, apenas um. No mesmo período de 2006, entre Janeiro e Agosto, morreram 53 trabalhadores na construção civil.
O presidente do Sindicato da Construção do Norte, Albano Ribeiro, lembra, em declarações à LUSA, que Portugal tem menos acidentes mortais neste sector do que outros países europeus como a Espanha, Grécia ou Irlanda. Considerou, todavia, necessária "uma redução muito maior dos acidentes" com medidas que passam sobretudo por "acabar com o trabalho precário", pois "é nas pequenas obras que morrem mais trabalhadores" e defendeu que "o Governo tem de acabar de uma vez por todas com esta situação".
Albano Ribeiro referiu-se ainda à ponte internacional de Quintanilha, em Bragança, como "exemplar", por envolver 150 trabalhadores, durante quase dois anos, sem acidentes mortais, atribuindo o resultado "à grande cooperação entre instituições".
Por sua vez, o responsável pelas Estradas de Portugal, João Rocha, que acompanhou o sindicato nesta acção, atribuiu os bons resultados na ponte internacional de Quintanilha "à vigilância apertada" e à fiscalização feita pela primeira vez conjuntamente pelas inspecções de Portugal e Espanha. "A inspecção foi mais incisiva, com visitas feitas regularmente, o que não é normal verificar-se nas restantes obras", afirmou.
O Sindicato da Construcção do Norte vai apresentar, numa reunião com o ministro e o inspector-geral do Trabalho a realizar no próximo dia 28 em Lisboa,  propostas para que o número de vítimas mortais continue a baixar e seja a cada ano que passa menor.

 


Na Beira Interior ainda não houve acidentes mortais na construção civil este ano
Na Beira Interior ainda não houve acidentes mortais na construção civil este ano


Data de publicação: 2007-08-28 00:00:04
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