Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 394 de 2007-08-21 |
Época Medieval assaltou Belmonte
Entre produtos regionais e artesanato, cavaleiros e batalhas, torneios medievais e assaltos ao castelo, os visitantes da IV edição da Feira Medieval do Artesão de Belmonte puderam assistir, ao longo do passado fim-de-semana, a momentos únicos de um tempo esquecido na época medieval. Muita animação e boa disposição partilhada pelos milhares de visitantes que passaram pelas terras de Cabral.
> Ricardo MoraisAs ruas de Belmonte, estão repletas de gente, desde o largo do castelo, lá no alto, até ao do pelourinho, por onde se estendem as barraquinhas com artesanato e produtos regionais. Por entre as bancas com queijo da serra, enchidos, produtos como linho ou cerâmica, salgados e doces, ouve-se o som de uma gaita-de-foles e de tambores e surgem, aqui e ali, personagens da época medieval que parecem ter sobrevivido ao longo dos anos. Um bobo que faz traquinices e arranca gargalhadas aos visitantes, cavaleiros junto ao castelo, belas donzelas perdidas. Foi este o cenário em que decorreu a quarta edição da Feira Medieval do Artesão de Belmonte.
Atrás das bancas, os cerca de 100 artesãos vindos dos mais diversos pontos do país, mas também de Itália e Espanha estão vestidos a rigor. Vestimentas compridas, brancas, bejes ou castanhas, também alusivas à época medieval. Há bijuteria, feita à mão, fruta variada, artigos em cerâmica e barro, fornos onde é feito o pão, entre muitos outros produtos, que constituem uma autêntica mostra do que se vai fazendo pelo concelho.
Depois de na edição anterior 30 mil pessoas terem visitado Belmonte, este ano e segundo Vítor Teixeira, administrador da Empresa Municipal de Promoção e Desenvolvimento Social de Belmonte (EMPDS) estiveram na vila "mais trinta por cento de visitantes que no ano anterior".
O passado esteve bem presente, em vários pormenores, desde os copos em barro que os visitantes usam para consumir bebidas, pendurados ao pescoço, através de um cordel que liga os lados do recipiente, à música das gaitas-de-foles e tambores, aos utensílios utilizados para petiscar na Taverna d’El Rey, um espaço com mesas e bancos onde se pode apreciar o melhor da gastronomia regional, até às dezenas de figurantes, do Viv’Arte, que garantem animação permanente.
Vítor Teixeira salientou ainda o facto de a feira em Belmonte se ter tornado "numa referência na região centro para este género de eventos".
Durante o dia os visitantes podiam descobrir os encantos da feira e à noite foram os espectáculos que encantaram os milhares que, no largo junto ao castelo, assistiam às encenações históricas. O assalto ao castelo, na noite de sábado, e o torneio medieval, no domingo, último dia da feira, foram atracções principais. A feira contou ainda, nesta edição, com duas seias medievais no interior do castelo.
Durante três dias, Belmonte viveu momentos históricos e relembrou tempos de grandes conquistas. Quem não visitou a feira este fim-de-semana tem de espera pelo próximo ano para poder voltar ao passado e viver alguns dias nas época medieval.
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