Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 392 de 2007-08-07 |
Bombeiros da Guarda pedem mais meios
A corporação dos Bombeiros Voluntários da Guarda levou a cabo um exercício de socorro e combate a um incêndio em pleno centro histórico da cidade mais alta do País. Um simulacro que serviu para apontar as falhas da corporação em meios técnicos.
> Eduardo AlvesOs soldados da paz foram chamados para combate um incêndio em pleno centro histórico da Guarda. O sinistro decorreu durante a noite e foram necessários meios técnicos que a corporação não dispunha. Até aqui a notícia estava e continua a estar correcta, mas para contextualizar o leitor com o assunto é necessário acrescentar que este é o relato de um simulacro. Um exercício que a corporação de bombeiros da Guarda quis levar a cabo para mostrar às entidades competentes e à população a falta de meios técnicos e materiais que se regista naquela formação.
Uma viatura de combate a incêndios urbanos constituiu uma das principais lacunas apontadas pelos responsáveis pela Associação Humanitária que gere os Bombeiros da Guarda. A corporação que assinala, por estes dias, 131 anos de existência espera ter como prenda um novo carro de combate a incêndios, isto porque, o único veículo destinado ao combate de incêndios em zonas urbanas "está já há mais de uma década ao serviço da corporação". E em caso de avaria, Luís Santos, comandante dos Bombeiros da Guarda, avisa que "não existe outro para substituição". Este responsável lembra ainda que "a cidade está a crescer e vai continuar a expandir-se com as novas superfícies comerciais e bairros habitacionais".
Segundo os Bombeiros da Guarda, uma nova viatura custa entre 250 a 350 mil euros, "preços insuportáveis para a associação humanitária". Desta forma, o comandante lança o alerta aos responsáveis pela Autoridade Nacional de Protecção civil, uma vez que "a câmara e a população já contribuíram em muito". Para além deste tipo de viatura, Luís Santos alerta ainda para o facto da corporação da Guarda não dispor de uma viatura de intervenção em acidentes rodoviários com matérias perigosos, e por aquela cidade passam duas das principais auto-estradas do País, a A-23 e A-25.
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