Voltar à Página da edicao n. 391 de 2007-07-31
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A chama percorreu toda a Rua Direita, na Covilhã

Escuteiros trazem “Chama do Centenário” à Covilhã

Depois de ter chegado a Braga no dia 26, a “Spirit Flame” passou pelo Porto, Lisboa e Leiria. À cidade-neve seguiu-se o ACANAC (Acampamento Nacional do Centenário), que decorre em Idanha-a-Nova.

> Igor Costa

A iniciativa reuniu esforços do Corpo Nacional de Escutas (CNE) e da Fraternidade de Nuno Álvares (FNA), que se deslocaram a França. Lá encontrava-se a tocha originalmente acesa sobre o túmulo de Balden-Powell (fundador do movimento), no Quénia, a 22 de Fevereiro. A chama que celebra os 100 anos de escutismo chegou à Covilhã a 30 de Julho, e juntou cerca de uma centena de escutas de toda a diocese da Guarda.Na Covilhã encontra-se tanto o primeiro agrupamento de escuteiros da diocese (o nº 20 do CNE, que celebra agora 80 anos), como a única delegação regional da FNA. Motivos mais que suficientes para ser a cidade escolhida para a passagem da “Chama Centenária”. No dia 31, a chama conclui o percurso na Idanha-a-Nova. No mesmo dia, a “Spirit Flame”, acesa em África, chegará a Brownsea, no Reino Unido, onde se realiza o 21º Jamboree Mundial, que reúne cerca de 40 mil escuteiros.Para o movimento, trata-se de um símbolo de um novo século escutista, e a afirmação da sua força. Para o futuro recebem a missão de Baden-Powell, reiterada por Bento Duarte, chefe regional dos escuteiros da diocese da Guarda: “o escuteiro deve sempre deixar um pouco melhor aquilo que encontra”. Nesse sentido, o movimento preocupa-se em agir junto dos jovens em três áreas distintas: a humana, a social e a cristã. A meta é atingir “a formação integral do jovem”. Na cerimónia esteve presente Armindo Fazendeiro de Oliveira, o escuteiro mais velho da diocese. O sénior fala do escutismo como uma proposta de “vida sadia em todas as vertentes”. Armindo Oliveira tem 94 anos, 81 deles passados nos escuteiros. Vítor Faria, presidente da FNA, olha para a “Chama do Centenário” como “o espírito de Baden-Powell, a chama do mundo, em que todos nos revemos». O dirigente vê nesta manifestação um sinal da actualidade da mensagem escutista, presente no contacto com a natureza e na educação pela acção. Mas há novos desafios que se colocam, e “os chefes deverão saber superá-los”. “Enquanto que no passado ajudávamos os jovens a passar os tempos livres, hoje temos de os ajudar a encontrar tempos livres, pois estão absorvidos com todas as tecnologias”, exemplifica Vítor Faria. Mas o papel do escuteiro mantém-se: «O papel do escuteiro é o papel de sempre. É crescer para a vida. Ser homem e mulher de carácter, feliz, dar-se aos outros, na boa acção de cada dia».


A chama percorreu toda a Rua Direita, na Covilhã
A chama percorreu toda a Rua Direita, na Covilhã


Data de publicação: 2007-08-01 00:15:55
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