Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 391 de 2007-07-31 |
Têxtil aposta em novo horário
Os responsáveis pela licenciatura em Engenharia Têxtil, uma das mais antigas da UBI, apostam agora num horário completamente novo para atrair mais alunos. Um curso que vai funcionar em período pós-laboral e que consegue assim abranger as necessidades de mais pessoas.
> Eduardo AlvesNo próximo ano lectivo, a licenciatura em Engenharia Têxtil da UBI, que abriu 20 vagas, vai funcionar em horário pós-laboral. Esta é uma das novidades que os responsáveis por este curso estão a implementar, para captar novos alunos.
Francisco Franco, presidente do Departamento de Ciências e Tecnologias Têxteis e Rui Miguel, docente deste Departamento, explicam que actualmente “existe um número razoável de técnicos intermédios que trabalham na indústria e que gostariam de progredir e actualizar conhecimentos”. Para além destes, “há também um conjunto considerável de alunos que querem enveredar por esta área”. Desta forma, o novo horário do curso, vai permitir a todos que frequentem as aulas. Doutra maneira “e não sendo em pós-laboral, dificilmente muitos dos alunos poderiam conciliar o seu trabalho com os estudos”, acrescentam.
No próximo ano lectivo, os responsáveis esperam já que as 20 vagas agora abertas estejam preenchidas e o curso a funcionar neste horário. Segundo os docentes, são quatro horas por dia, 20 horas por semana. Uma tipologia que “existiu nos primeiros tempos da UBI”. Este horário está agora a ser muito utilizado, “sobretudo, pelos institutos politécnicos”.
Rui Miguel explica ainda que “o nosso grande público para este curso e nestes moldes pode estar nos candidatos ao Superior através do concurso para maiores de 23 anos”. Contudo, o grande problema com que o Departamento se deparou este ano foi o de “tempo de resposta, ou falta deste, por parte do ministério da tutela”. Segundo os responsáveis, “só houve conhecimento de que poderíamos trabalhar em horário pós-laboral depois de decorrido o concurso para os Maiores de 23”. Segundo Rui Miguel, neste momento “estamos mesmo a ponderar a possibilidade de fazer um novo concurso”.
Mesmo assim, os docentes não perdem o optimismo e acreditam que esta mudança vai trazer novos alunos à Engenharia Têxtil. Até porque, para além do horário mais compatível para muitas pessoas, “há que salientar que segundo as novas regras de Bolonha, quem quiser ser licenciado em Engenharia Têxtil apenas tem de frequentar com sucesso o curso de três anos”. A tudo isto os docentes juntam “as pessoas que estiveram ligadas à universidade e que suspenderam a sua matrícula e agora podem regressar e os muitos alunos que frequentam os cursos tecnológicos e querem continuar a sua especialização.
Este “esforço acrescido para professores” vai ser compensado, segundo os mesmos, “pelos alunos”. Prova disso “é o número de alunos que tem vindo a aumentar nas pós-graduações e mestrados”.
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