Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 391 de 2007-07-31 |
Relação entre educação especial e regular dá tese
De entre as diversas temáticas da educação, Delminda Ribeiro escolheu aquela em que trabalha todos os dias. A relação entre docentes do ensino especial e regular foi o ponto de partida para a tese de mestrado que defendeu a 27 de Julho.
> Igor CostaDelminda Ribeiro dedicou a sua tese de mestrado ao “Apoio Educativo e Escola Inclusiva”. A professora de educação especial em Alcains, Castelo Branco, investigou particularmente “as expectativas dos docentes do ensino regular e dos docentes do apoio educativo no 1º ciclo do ensino básico”. A mestrada acredita que o assunto merece ser discutido, pois encontra hierarquias dentro da sala de aula, cabendo ao professor de apoio educativo um papel secundário.
Neste cenário, o professor de educação especial vê-se obrigado a ser “muito flexível, envolvendo-se aos poucos nas actividades da turma”. Delminda Ribeiro defende haver dimensões importantes no âmbito da escola inclusiva, pelo que o acompanhamento de alunos com necessidades especiais exige sintonia entre os dois professores. Dos docentes do ensino regular, a professora diz haver receptividade às ideias, quando são lançadas, mas os titulares das turmas “limitam a acção do professor de apoio educativo, ao dizer que só devemos agir junto dos alunos que necessitam”.
Apesar disso, tem havido uma evolução e, segundo a mestrada, os professores já encaram essa presença de forma positiva. Um progresso “no sentido do trabalho cooperativo e de partilha de experiências”, que só traz benefícios para a sala de aula. “Os alunos do ensino regular recebem muito bem a presença de um segundo professor”, sobretudo quando são incluidos nas actividades do ensio especial. As crianças mostram-se particularmente atraídas pelas ferramentas alternativas, como computadores, apresentações multimédia e música.
A investigação de Delminda Ribeiro foi aprovada com a classificação de muito bom, por unanimidade. À sala 7.22 do polo do Ernesto Cruz deslocou-se Filomena Branco da Ponte, da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Católica, na qualiodade de arguente. O júri contou ainda com a presença de Maria de Fátima Simóes e Maria Luisa Brabco, ambas docentes na UBI.
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