Voltar à Página da edicao n. 389 de 2007-07-17
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Os Mundo Cão, de Pedro Laginha, foram uma das bandas de sexta-feira

Festival Serra da Estrela supera expectativas

Na terceira edição do Festival Serra da Estrela, a organização continuou a aposta exclusivamente em bandas nacionais. Mesmo sem chegar massivamente aos meios de comunicação, nem atrair multidões, o balanço é positivo e a evolução evidente.

> Igor Costa

Um total de 13 bandas e cinco disk jokeys animou as quatro noites do Festival Serra da Estrela. Feita a contabilidade, pela aldeia de Velhelhas, no concelho da Guarda, passaram cerca de 4500 pessoas. A organização não revela as intenções para o futuro, mas depois da aposta ganha do palco Zêzere, aguardam-se novidades.
O palco secundário foi mesmo um dos trunfos que conquistou os que se deslocaram à praia fluvial de Valhelhas. No coração do recinto, e sob as árvores do local, foi aí que as noites terminaram, ao som de batidas que, regra geral, giraram em torno do house. No mesmo espaço, diversas bandas da região deram a conhecer o seu trabalho. Foi o caso de Missy e MJ, Phoenix Crew, Clandestinos, Sequela e The Fury, estes últimos do Porto. Convidando novas bandas da região, os organizadores pretenderam dar visibilidade a esses projectos, que ali encontraram uma oportunidade de se mostrar.
No palco principal, The Zippers, Mundo Cão, Balla (na sexta-feira), Dazkarieh, Souls of Fire, Terrakota e Primitive Reason (no sábado) apresentaram duas noites distintas. A primeira trouxe projectos diversos. Do rock, à electrónica, dos instrumentais às letras de Adolfo Luxúria Canibal, a noite de sexta-feira constituiu um misto de diversidade em si. O sábado proporcionou uma noite mais homogénea, com os ritmos do reaggae e da world music, ligados ao espírito natural do Festival Serra da Estrela.
No palco ou em conversas posteriores, bandas como Balla e Terrakota fizeram questão de referir o valor da envolvência natural, que existe em poucos festivais, e se perde em quase todos, desses. O rio, o campismo, o desporto e o rio Zêzere foram alguns dos ingredientes que deliciaram um público sobretudo jovem, que passou quatro dias em simbiose com o ambiente.
Neste particular, a critica fazia-se ouvir de diversos lados. Apenas dois ecopontos preenchiam o espaço, e os caixotes de lixo recebiam-o indiferenciadamente, convidando os presentes a deixar o chão repleto de copos plásticos e papéis. A organização diz que essa responsabilidade os ultrapassa, pelo que Câmara Municipal da Guarda e a empresa que recolhe o lixo deverão salvaguardar que o cenário não se repetirá.


Os Mundo Cão, de Pedro Laginha, foram uma das bandas de sexta-feira
Os Mundo Cão, de Pedro Laginha, foram uma das bandas de sexta-feira


Data de publicação: 2007-07-17 00:05:00
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