Portugal no seu melhor

1. Contrariando a tendência dos últimos anos, as notas dos exames de acesso ao Ensino Superior melhoraram, com a média de Matemática a subir dois valores. Segundo a Sociedade Portuguesa de Matemática, a razão para esta subida é simples: a prova foi bastante mais fácil do que em anos anteriores. Aparentemente, como os alunos não estudam ou o sistema de ensino não responde às novas exigências, baixou-se a fasquia. É uma péssima opção: o facilitismo pode resultar a curto prazo, mas será um desastre a longo prazo. Sem uma verdadeira cultura de exigência, o país jamais conseguirá aproximar-se dos seus parceiros europeus.

2. Quando a selecção portuguesa de futebol do escalão sub-21 partiu para o Campeonato Europeu dizia-se que era candidata ao título. Depois de exibições paupérrimas, ficaram-se pela fase de grupos. Após a eliminação, treinadores e dirigentes inventaram uma conspiração contra Portugal para justificar o mau resultado. Umas semanas depois, a selecção de sub-20 partiu para o Mundial. Mais prognósticos de grandes resultados e mais um falhanço frente a equipas modestas. A marca mais notória da passagem dos portugueses por este campeonato foram as lamentáveis cenas de mau comportamento que incluem um jogador português a tirar o cartão vermelho da mão do árbitro. Eis a primeira consequência nefasta da deplorável reacção dos técnicos e dirigentes à derrota na competição anterior. E o pior é que ainda ninguém foi demitido.

3. O primeiro automóvel desportivo totalmente concebido e desenvolvido em Portugal, o Vinci GT, tinha estreia marcada para o Circuito da Boavista. Depois de cerca de três milhões de euros e “15 mil horas de engenharia”, o carro não pegou e Rui Rio, que devia conduzir o carro na abertura da competição, ficou apeado. Na hora da verdade, falha sempre alguma coisa.