Rua Direita sofre remodelação

Os comerciantes não estão contentes com os resultados que têm vindo a conseguir no pelourinho. Desta forma, as críticas sobrem de tom, mas a autarquia diz que pouco pode fazer. Para já a criação de mais espaços de estacionamento temporário na Rua Direita é a medida da edilidade.

Num debate sobre o Centro Histórico, promovido pelo Movimento Cidadania Covilhã (MCC), um número significativo de comerciantes da zona central da cidade apresentou várias queixas. A falta estacionamento gratuito, os imóveis degradados e a falta de segurança foram são os pontos que mais preocupam os lojistas.
Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, mostra-se algo reticente a algumas das críticas apontadas. No final da sessão de câmara da passada sexta-feira, 6 de Julho, o social-democrata que preside ao executivo municipal confessou que existem poucas cidades com as capacidades da Covilhã, com um estacionamento subterrâneo no centro capaz de servir os clientes do comércio tradicional. Contudo, o autarca refuta as críticas dos lojistas, nesta área, uma vez que estes parecem não estar interessados em suportar o estacionamento dos possíveis clientes. Pinto lembrou que o silo-auto construído na Praça do Município prevê que os comerciantes paguem uma renda mensal, para que os clientes das suas lojas tenham estacionamento gratuito, “mas apenas meia dúzia de comerciantes opta por esse sistema”. O edil recorda que no caso das grandes superfícies, “o estacionamento também é pago pelos lojistas que operam nessas áreas”.
Pinto adianta que a autarquia está já a estudar um novo arranjo da Rua Comendador Campos Melo, mais conhecida por Rua Direita, uma das principais artérias comerciais da cidade. Segundo o social-democrata, a autarquia vai criar ali “mais locais de estacionamento gratuito, embora por pequenos períodos de tempos, igual ao que hoje já acontece junto ao edifício da Câmara da Covilhã”. Também na zona do Pelourinho, o autarca espera vir a criar mais lugares de estacionamento. Esta media vai também ser complementada com outras iniciativas de apoio ao comércio tradicional.
Carlos Pinto diz-se ainda aberto para receber “todas as ideias construtivas que possam resolver os problemas da Covilhã”. Uma resposta dada ao MCC que diz estar a preparar um documento com as principais conclusões retiradas do debate sobre o centro histórico.