Voltar à Página da edicao n. 386 de 2007-06-26
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A cereja é já um símbolo do concelho fundanense

Câmara pondera alargar Festa da Cereja a outras freguesias

A Junta de Freguesia de Alcongosta receia que, dispersando-a, a iniciativa perca impacto. No último fim-de-semana milhares de pessoas, que foram comprar cerejas, licores ou compotas, encheram as ruas da capital da cereja.

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No próximo ano, a Festa da Cereja, que mais uma vez levou milhares de pessoas a Alcongosta, pode ser alargada a outras freguesias, segundo Manuel Frexes, presidente da Câmara do Fundão. Uma intenção que não agrada ao presidente da Junta de Freguesia, Luís Martins, que teme que “quanto mais se divide, mais se perca”.
“Talvez mais aldeias devam associar-se, como o Alcaide. Em vez de ser centrada numa aldeia, envolver mais gente. Embora Alcongosta continue a ser o coração”, adianta Manuel Frexes. O autarca chama a atenção para a grande adesão de pessoas que durante três dias passaram por Alcongosta e sublinha que “a Festa da Cereja já se tornou numa espécie de romaria a esta aldeia”.
Manuel Frexes fala no “enquadramento natural único” e do contacto com a “singularidade e genuinidade da aldeia”, que “combinadas com a qualidade do fruto e a animação, se torna num dos maiores embaixadores do concelho”. Mas pondera alargar a iniciativa para “diversificar a festa e a oferta”.
“Não sei se isso trará dividendos positivos”, alerta Luís Martins, para quem a dispersão pode prejudicar um evento que logo no primeiro ano se “afirmou” e na segunda edição “consolidou o seu potencial”, dada a afluência de visitante de todo o País e o grande envolvimento da população. Para além disso, depois de anos de um evento sem grande impacto no Fundão, salienta que “a Festa da Cereja voltou ao local de origem”.
A inglesa Angie Whitmill, de 58 anos, mostrou-se “encantada” com as “muitas maneiras diferentes de usar a cereja”. Com o grupo de amigos com que veio ao lado, diz que o que mais gostou foi do “ambiente” que encontrou. “Também achei muita graça aos copos de chocolate e de gelo com os licores, nunca tinha visto”, realça.
António Silva viu a abertura da Festa da Cereja na televisão, que lhe deu a sugestão para um passeio de fim-de-semana. Com a esposa e os dois filhos, decidiu vir de Portalegre. Não só pela cereja como pelos derivados de que ouviu falar. E que agora, ao balcão de uma tasca, prova.
Amélia Augusto veio na tarde de domingo da Covilhã à “capital da cereja” porque é um fruto que adora. Mas o que mais a surpreendeu foi “a quantidade de licores que nunca tinha provado antes”. Apesar de ter gostado de todo o envolvimento, considera a animação de rua insuficiente e lamenta as muitas filas de trânsito e o tempo que demorou a chegar.


A cereja é já um símbolo do concelho fundanense
A cereja é já um símbolo do concelho fundanense


Data de publicação: 2007-06-26 00:05:00
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