Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 386 de 2007-06-26 |
Inovação significa desenvolvimento
Se o senso comum apontava já para o facto de quem investe em novas tecnologias vai também conseguir mais rentabilidade, há agora uma tese de mestrado a comprová-lo. O estudo foi apresentado na passada semana na UBI.
> Eduardo Alves“As empresas que apostam na inovação obtêm um maior e melhor desenvolvimento”, garante Maria João Figueiredo Barbosa, na sua tese de mestrado em Gestão. Um estudo que tem como título “A capacidade inovadora empresarial como factor criação de vantagens competitivas nas empresas da indústria transformadora da região da Beira Interior”.
Um estudo que vem confirmar o facto dos empresários estarem conscientes da necessidade de apostar na inovação, mas que ainda assim, “não o fazem da forma necessária”. Outra das conclusões a que Maria João Barbosa chegou com esta sua tese é a do facto de “a ideia da inovação ser conhecida, mas deve ser ainda mais difundida”.
Uma tese que estudou diversas empresas da região da Beira Interior, dos distritos da Guarda e de Castelo Branco, e onde “imperam os sectores tradicionais”. Este tipo de actividade ou indústria “deve também apostar na inovação”.
A inovação “é ainda vista como um esforço suplementar, mas que poderá levar a um melhor desempenho e a uma manutenção da empresa no mercado”, sublinha a autora do estudo. A mesma não tem receio em dizer que “as empresas com mais ideias são também aquelas que são mais inovadoras”. Contudo, e neste capítulo, “há que sublinhar que as empresas mais antigas são também aquelas que vão apostando na inovação, uma vez que se mantêm no mercado ao longo do tempo”.
O estudo agora tornado público alerta para o facto de ser apenas “uma percentagem relativamente reduzida de empresas a manifestarem comportamentos inovadores nos diversos âmbitos que foram considerados na investigação, quer seja na inovação do produto, quer em novos canais de distribuição ou investimentos em I/D”. Maria João Barbosa explica que “a amostra inicial de empresas a serem consideradas neste estudo era de cerca de 300 entidades, sendo que, quando contactadas, verificou-se o facto das empresas não estarem muito predispostas a integrar o estudo e a responder às questões”. Depois de muitas tentativas e algumas insistências “obtive cerca de 60 respostas, o que tem a ver com uma taxa de resposta na casa dos 25 por cento”. Todas as empresas contactadas constavam da base de dados fornecida pelo INE, nos sectores da indústria transformadora.
A tese mereceu a aprovação de um júri constituído por João José Matos Ferreira, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior, Maria José Aguilar Madeira valente Silva, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior e Carla Susana da Encarnação Marques, professora auxiliar da Universidade de Trás-os-Montes e alto Douro.
Multimédia