Câmara vai ajudar Sporting da Covilhã a comprar sede

O autarca covilhanense promete apoio e quer que, pelo menos, no próximo ano, já se possa assegurar uma sede para os Leões da Serra. António Lopes diz que há alguns locais em estudo, mas assegura que a prioridade é que a sede fique perto do Pelourinho.

“A Câmara está preparada para assegurar as suas responsabilidades significativas” quando o Sporting da Covilhã encontrar uma solução para a aquisição de uma sede própria. Carlos Pinto, presidente da autarquia, garantiu o apoio durante o jantar que juntou 350 sócios para assinalar os 84 anos do clube e os 50 anos da presença na final da Taça de Portugal.
“Gostaria muito que no próximo ano, se não for possível neste, demos um passo em frente para assegurar a sede”, frisa o edil. O Sporting da Covilhã encontra-se em casa arrendada e há algum tempo que a procura de novas instalações se coloca. Segundo António Lopes, presidente da Assembleia-geral e responsável pelo assunto, a compra e reconstrução do imóvel onde está instalada a Singer, no Largo 5 de Outubro, é a solução que mais interessa.
A permanência na actual sede, segundo António Lopes, “é de todas as possibilidades a mais cara”. Há mais duas hipóteses em estudo, mas ambas apresentam o problema de ter inquilinos. “A questão agora é saber se conseguimos esse espaço no 5 de Outubro nas condições pretendidas. Ou seja, desimpedido”, sublinha o presidente da Assembleia-geral, que diz já ter sido feita uma proposta ao agente mediador.
“Ponto assente é que convinha ser à volta do Pelourinho”, acrescenta. Caso se avance para a compra do edifício vizinho às actuais instalações, António Lopes levanta a possibilidade de alugar espaços não utilizados para ajudar a atenuar os custos que a construção do imóvel vai implicar. Embora prefira não adiantar valores.
No discurso, António Lopes referiu que o Sporting da Covilhã “precisa crescer em número de sócios, resultados desportivos e instalações”. O presidente do clube, José Mendes, manifestou-se orgulhoso por liderar uma colectividade “com grandes pergaminhos na história do futebol português”, mas que se encontra “num escalão divisionário nada condizente com a sua categoria e passado”, a II Divisão.
José Mendes lembra que o Covilhã se encontra numa “grave crise financeira, embora controlada” e salienta que “o passado recente foi de construção de uma base sólida para que seja possível ultrapassar os obstáculos do futuro”, graças a “rigor, transparência e dinamismo tendente à vitória”.
Numa noite em que estiveram presentes muitos antigos jogadores e treinadores do clube, nomeadamente os muito aplaudidos finalistas da Taça de Portugal, há meio século, Carlos Pinto recordou também os tempos de juventude passados no Estádio Santos Pinto. O presidente da Câmara covilhanense enumerou as características físicas e técnicas das velhas glórias do Sporting serrano.