Voltar à Página da edicao n. 384 de 2007-06-12
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4D de ponta lançado em Maio

> Igor Costa

Os avanços da ultrasonografia nas últimas décadas têm sido uma das maiores justificações para este tipo de jornadas de actualização. Depois das imagens ecográficas tridimensionais, no meio dos anos 90, surgiu já neste milénio a aplicação do 4D. E os especialistas encontraram desde logo benefícios no exercício das suas práticas médicas: “ O 4D é um 3D em movimento. Fica muito claro que o feto primeiro movimenta-se, e só depois aprende a controlar o movimento”. Depois de visitar o Centro Hospitalar da Cova da Beira, Francisco Mauad Filho constatou o peso de uma das doenças mais críticas em Portugal. “No caso do Acidente Cardiovascular (AVC), por exemplo, deve estimular-se a movimentação, para que depois o paciente aprenda a movimenta-se. É um ensinamento que surge com o 4D”.
O caminho nas investigações pré-natais deve, segundo o médico brasileiro, seguir num sentido específico. “Temos de estudar melhor o psiquismo fetal e o comportamento psicológico do feto”, defende Francisco Mauad Filho, que vê neste rumo uma escola para o tratamento de muitas enfermidades. Com vantagens claras, acredita José Martinez: “ A ecografia é um exame que tem a vantagem de ser inócuo, bem suportado, ao contrário de outros equipamentos pesados, e que tem uma qualidade de imagem cada vez maior”.
Patrícia Calvinho foi uma das técnicas da Siemens que, no lugar, demonstraram o funcionamento do equipamento topo de gama que a marca alemã lançou em Maio. Um equipamento “multidisciplinar, que permite estar em todas as área da ecografia”. O engenho supera já os equipamentos com 4D, por meio de funcionalidades avançadas: “Permite simular como se estivéssemos a ver dentro da barriga, pode-se ver a cara do bebé, e ilumina zonas escuras que não se vêm no 4D convencional, e ainda mudar a posição da lanterna.”
Se as aplicações anteriores se mostram interessantes para os pais mais curiosos, têm vantagens claras para os médicos, que encontram ainda outros auxílios técnicos. “O MultiSlice Imaging permite ainda fazer imagens tomográficas de um volume, com a dimensão que queiramos. Há também uma aplicação para a coluna, em que a vemos com a forma recta, para facilitar a contagem das vértebras”, explicou Patrícia Calvinho.
Um conjunto de medidas automáticas que, com outras, podem ser incorporadas mediante o pedido do cliente, nomeadamente os hospitais e escolas médicas, “a fim de diminuir o erro do utilizador”. A técnica da Siemens revelou ainda que as vantagens passam por “ver o bebé em tempo real. Um contacto mais próximo, que permite fazer um estudo mais exaustivo do cérebro do bebé, definindo o sítio da patologia”. O aparelho permite fazer pós processamento, para que o médico possa trabalhar cada caso de forma mais exaustiva, sem incómodo para a grávida ou o paciente. Esta versão saiu em Maio, e ainda não há nenhuma em Portugal.

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Data de publicação: 2007-06-12 10:56:07
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