Escola celebra 20 anos de existência

“Anos 20, 20 anos” foi o nome da actividade que celebrou as duas décadas de existência da Escola Quinta das Palmeiras. Realizada no Anfiteatro Ponte Mártir-in-Colo no passado dia 6 de Junho, pelas 21h00, centenas de pessoas juntaram-se para reviver uma época marcada pela liberdade e euforia, os “loucos anos 20”.

Foram dez anos marcados pela fúria de viver. O entusiasmo pela vida nocturna aumenta, os cabarés animam-se com novos ritmos, como por exemplo: o jazz, o charleston, foxtrot, o tango. Uma nova mulher independente, bem sucedida, com personalidade e estilo que com as suas saias curtas e o cabelo à “ la garçonne”, pratica desporto e frequenta os espaços nocturnos tal qual o homem. Saem à rua sem qualquer tipo de preconceito, alterando a sua forma de pensar e hábitos. Uma Era do Jazz, altura em que a mulher começou a reivindicar o seu papel perante a sociedade e a impor os seus direitos. A moda, o cinema, a política, a música, a dança, a rádio são afectadas por todo este entusiasmo social.
Agora imaginemo-nos nessa época. Uma viagem ao passado para todos os que se encontravam na noite de 6 de Junho no anfiteatro Ponte Mártir-in-Colo, no âmbito dos 20 anos da escola Quinta das Palmeiras.
Pais, alunos, professores e outras pessoas da região uniram-se para reviver uma temporada de música, sensualidade e irreverência. Uma forma original de comemorar duas décadas de existência da escola, nas quais se exigiu “muito trabalho, dedicação daqueles que trabalham não na escola mas para a escola, apostando sempre em valores morais e éticos no ensino. Vale a pena acreditar numa escola humana”. João Paulo Mineiro, presidente desta instituição, deu início ao espectáculo saudando todos os presentes.
Uma organização inovadora, aberta e dinâmica que ofereceu a todos os presentes uma sequência de encenações, desfiles, danças e músicas, onde foram retratados e relembrados grandes mitos dos anos 20 como Charlie Chaplin, a estilista Coco Chanel, que libertou a mulher dos trajes desconfortáveis e rígidos do século XIX, e a mítica Lily Pons. Simultaneamente, imagens referentes a esta década iam sendo projectadas no palco, assim como ardinas que tentavam vender os seus jornais entre o público.
À entrada do anfiteatro estava exposto um carro da década. Tudo isto elaborado pelos alunos do 7º até ao 9ºano, juntamente com alguns professores. Os ensaios tiveram início em meados de Maio, nos quais houve “muita diversão e conhecimento. Foi uma forma de conhecermos a história dos anos 20”, refere-nos uma das alunas envolvidas, acrescendo que “os professores são, acima de tudo, muito atenciosos”.
A Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI) e o grupo de dança do ginásio Gimneve também marcaram presença com música e dança associadas ao tema da festa.
Maria Nunes, professora de artes, encerrou o evento saudando todas as entidades, apoios institucionais, câmara, empresas e pessoas que tornaram possíveis estes 20 anos de qualidade e sucesso, e chamou ao palco todos os intervenientes directos desta iniciativa.
Conhecida por ser «uma das instituições de ensino secundário mais promissoras do país», esta escola é caracterizada, segundo o João Mineiro, pelo “aconchego que dá aos alunos, pela pedagogia afectiva e pela forte aposta na autonomia dos alunos.”