Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 384 de 2007-06-12 |
“Temos de apostar muito forte na produção científica”
Com o corpo docente em fase final de formação, a grande aposta do Departamento de Gestão e Economia da UBI passa agora pela produção científica. Um objectivo que vai também ao encontro das formações pós-licenciatura e das novas acções a que o DGE está ligado.
> Eduardo AlvesUrbi@Orbi – Este é um dos principais departamentos da universidade, quer pelo número de alunos, quer pelo de docentes que envolve. Qual é a análise que faz do DGE?
Anabela Dinis – Actualmente estamos a atravessar uma época de muita reestruturação. Isto a dois níveis. Por um lado, em termos da própria oferta formativa, que nos últimos três anos passou por duas mudanças, com um curso de cinco anos, no caso da Gestão, que passou depois para quatro e foi agora, mais uma vez mudado para um curso de três anos. Por outro lado, a formação dos docentes é um dos aspectos que tem vindo a ser constantemente a mudar, com os docentes a apostar de uma forma muito decidida e rápida, na sua formação. Isto quer dizer que se nós há dez anos tínhamos três ou quatro doutores no DGE, neste momento temos apenas cerca de três ou quatro docentes que não são doutorados, mas que estão em processo de formação.Tudo isto teve as suas implicações e teve de ser “gerido”. Tem havido uma grande rotatividade de docentes isto porque, se eles estão em formação, não podem estar tão afectos às aulas e logo teve de haver uma contratação de outras pessoas. Esta instabilidade ainda não está ultrapassada porque, agora temos o Processo de Bolonha. Todos os nós cursos foram reestruturados e estamos agora a tentar gerir as mudanças. Ao nível do Departamento criámos novas ofertas, sobretudo pós-graduações e doutoramentos em Gestão, que no próximo ano vai já ser pós-Bolonha. O grande desafio dos próximos dois anos é gerir tudo isto.
U@O – Essa oferta formativa, sobretudo ao nível das licenciaturas e também das pós-graduações é um ponto positivo? De que forma?
A.D. – Ser positivo ou não, neste momento, nem é o mais importante porque é um facto, é um dado adquirido. Independentemente de achar que seria melhor ou não estar em Bolonha, isso é um ponto adquirido e portanto temos de gerir isso o melhor possível. É discutível se estamos a qualificar mais ou desqualificar os nossos alunos. A grande vantagem que vejo em todo este processo é que o mestrado aqui, ou um segundo ciclo tem o mesmo nível de qualificações que tem no resto da Europa e isso pode ser uma vantagem. Mas podemos também pensar que o mestrado que tínhamos, agora é melhor, em qualificação superior, que aquele que temos actualmente.
Mas temos a benesse de saber que a nível europeu a qualificação é a mesma e isso pode ser uma vantagem. Temos de tornar isso numa oportunidade e repensar a forma como damos as aulas, como lidamos com os alunos. Se isso foi feito ou foi possível, apenas digo que foi o que se conseguiu mediante as condicionantes que tivemos. O que fizemos aqui não foi inferior ao que se fez em outras universidades, daí que tenhamos aqui um bom trabalho.
“Somos o Departamento com maior oferta formativa em pós-graduação”
“O grande desafio deste período é a implementação do Processo de Bolonha”
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