Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 384 de 2007-06-12 |
Enviado por: divulga@teatrodasbeiras.pt
A produção do Teatro das Beiras para a infância “A Arca dos Sonhos”, acaba a sua digressão em Proença-a-Nova, no dia 18 de Junho às 10 horas, no Auditório Municipal de Proença-a-Nova, depois de percorrer o país e o imaginário das centenas de crianças que assistiram à peça.
“A Arca dos Sonhos” é uma história que procura falar do desajuste da sociedade actual, do grande desenvolvimento tecnicista, que acaba por tornar o homem vítima da teia que ele próprio tece: o progresso! A autora e encenadora Isabel Bilou tentou transmiti-la de uma forma directa e modesta, sem pretensões intelectuais rebuscadas.
Trata-se de uma história simples, como o são as crianças no seu estado mais puro, cujo imaginário tem horizontes que não conhece fronteiras, nem as suas limitações. É a história de um menino chamado Daniel, criança sensível, atenta e sonhadora, filho de uma família tão comum, como tantas outras.
Um dia, ao regressar da escola, Daniel é surpreendido pelo desagradável ambiente que reina em sua casa. Os pais discutem, o clima é tenso. Sente-se triste pois detesta ver os pais zangados. Resolve então refugiar-se num sítio mais escondido e isolado: o sótão de sua casa. E aí, nessa arrecadação fria e solitária, Daniel tenta distanciar-se da desagradável situação familiar, transformando este espaço num universo onde a realidade e o imaginário se confrontam e confundem, tendo como elo, uma enorme arca que se encontra no sótão, esquecida no tempo.
Assim, a imaginação de Daniel cria vida, ao fazer surgir de dentro desta arca velha e adormecida, um desfile de personagens que o levam a compreender e a esclarecer o que de injusto e desigual o mundo dos adultos encerra.
Apercebe-se que a tristeza de seu pai e os conflitos familiares se devem ao facto deste estar desempregado, pois na empresa onde trabalhava começaram a utilizar computadores e como tal, deixaram de precisar de alguns empregados. O seu pai tinha sido um deles.
E é na cumplicidade que só a amizade consegue conservar que Daniel partilha com Sara, a sua mais íntima amiga, o seu mais sincero parecer, “…acho que as pessoas não deviam perder os empregos por causa do progresso”!
A história podia acabar assim… mas continua!... Tem muito para contar.
A peça conta com interpretação de: João Nuno Costa, Filipa Teixeira, Sara Silva, Teresa Baguinho; encenação: Isabel Bilou; cenografia: António Canelas; música: Gil Nave; Figurinos: Dina Nunes; desenho de luz: Fernando Sena; guarda-roupa: Vicência Moreira; fotos: Paulo Nuno Silva; operação de Luz: Rafael Freire.
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