Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 383 de 2007-06-05 |
Dança e ginástica no Oriental de São Martinho
Depois do sucesso da primeira edição, o Centro Cultural e Desportivo (CCD) Oriental de São Martinho repetiu a parceria com o Gimneve. Uma mostra daquilo que as duas entidades proporcionam, num espectáculo para o público covilhanense.
> Igor CostaO espectáculo de 2 de Junho apresentou hip-hop, salsa, dance power, quick step, aerobox, tango argentino, step e jive. Os praticantes dividem-se entre diferentes classes do Gimneve, ginásio da cidade da Covilhã, às quais se juntou o grupo de danças do Oriental de São Martinho. Foi no pavilhão desta colectividade que jovens e adultos puderam ver o resultado de meses de aulas. “Um incentivo para as crianças”, refere Pedro Ferreira, presidente do Oriental.
Catarina Mendes, monitora de hip-hop, step e dance power no Gimneve verifica este efeito também nos adolescentes com que trabalha: “A idade requer uma certa exposição perante os colegas, e falam muito daquilo que depois fazem na discoteca”.
Por esse mesmo motivo, “este tipo de actuação não é o sítio mais gratificante para eles, porque não se sentem tão cativados pela faixa etária que assiste. O público acaba por influenciar a forma como eles enfrentam a actuação”. A jovem professora faz questão de sair com os alunos, pois têm o mesmo gosto por estes tipos de música. Por isso, também as aulas são mais produtivas: “Eles identificam-se com a modalidade, e por isso gostam das actividades”, explica Catarina Mendes.
As danças de salão, no mesmo ginásio, são leccionadas por Filipe Ferreira. Depois de terem sido pioneiros na abertura dessas modalidades, são neste momento “os únicos a fazer estas apresentações e a mostrar às pessoas que é possível dançar por lazer, socialmente”. Os praticantes vão “porque vêem na televisão, por que é moda. Depois uns ficam, por que se acham capazes, outros não, por acharem que é difícil, ou não se sentirem tão à vontade com alguns movimentos”. Tal como no caso do hip hop, os alunos vêm resultados quando se divertem, “sentindo-se capazes de dançar numa discoteca, e aprender mais passos”.
Uma das classes que Catarina Mendes lecciona no ginásio tem encontrado muitos adeptos. Há três meses, começou com as aulas de dança do ventre, e a afluência fez-se notar. Um acréscimo de alunos que se verifica também devido ao aproximar do Verão, mas que tem implicações relativas, como explica a ginasta: “Com a síndrome do biquini as pessoas afluem mais ao ginásio, mas depois vêem algum resultado e deixam de ir. Outras não conseguem, porque vão pouco tempo”. Pouca exigência, mas que acaba por ditar o funcionamento das aulas, em geral. “As pessoas procuram um momento de descontracção. Não gostam que lhes exija certas posturas, certos movimentos, porque querem é descontrair no final de um dia cansativo”, explica Filipe Pereira.
Quanto a estas participações, o monitor revela que os alunos partem com insegurança: “Eles ficam um pouco assustados, mas depois acabam por vir, e no final gostam e querem uma próxima vez”. Uma actividade que decorreu a meio das comemorações dos 53 anos do Oriental de São Martinho. “Este ano estamos a consolidar o trabalho feito no ano passado, e a concretizar muitas ideias lançadas, como uma sala de Internet para os sócios”, acrescenta Pedro Ferreira, presidente do clube. Para o dia 23 de Junho estão agendadas as marchas populares. “Apesar de a Câmara Municipal e o Grupo Desportivo da Mata não terem avançado com as marchas na cidade, nós vamos desfilar pelas ruas da freguesia, e a seguir haverá aqui um baile”, convida o dirigente.
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