Bétis e Beira-Mar mais fortes

O Torneio Internacional de Futebol de 7 Escolas/Infantis Diamantino Costa reuniu alguns nomes grandes do futebol português e espanhol. O associativismo e o desporto estiveram em grande na Covilhã.

Durante os dias 2 e 3 de Junho decorreu, no Complexo Desportivo da Covilhã, o V Torneio Internacional de Futebol de 7 Escolas/Infantis Diamantino Costa – Cidade da Covilhã. Organizado pela Associação Desportiva da Estação (ADE), o evento contou com a participação de dez escolas de futebol, entre as quais as equipas do Sporting, Benfica, Guimarães, Bétis de Sevilha e Badajoz. Segundo Vítor Rebordão, presidente do ADE, “este torneio nasceu para homenagear um ex-dirigente deste clube, o Diamantino Costa, e procura perpetuar a memória de um homem que muito fez por esta colectividade”.
No V Torneio Internacional de Futebol de 7 Escolas/Infantis Diamantino Costa, participaram algumas das melhores escolas de formação do País, bem como duas prestigiadas congéneres espanholas. Para Pedro Reboucho, treinador do Sporting, “este tipo de torneios são muito importantes para que jogadores e treinadores cresçam enquanto desportistas e aprendam como os erros”.
No que se refere à formação humana, o jovem técnico do Sporting acredita que “é importante consciencializar os jovens de que nem todos podem vir a ser craques no futuro, e no Sporting este é, sem dúvida nenhuma, um ponto fundamental para que os miúdos dêem o máximo e contribuam para o sucesso da formação leonina”. Durante o fim-de-semana o futebol jovem foi o centro das atenções para os muitos adeptos de futebol que animaram o torneio. Doze equipas, em representação de dez escolas de futebol, lutaram por um lugar no pódio. A Estação competiu com quatro formações, duas em Escolas e duas em Infantis. Contudo, os grandes vencedores do torneio acabaram por ser as formações do Beira-mar e do Bétis de Sevilha. Após derrotar na final a equipa do Entroncamento, por expressivos 7-0, a formação espanhola acabou por arrecadar a vitória no escalão de Infantis.
Já a final em Escolas, colocou frente a frente as equipas do Olivais e do Beira-Mar, mas a vitória dos aveirenses só aconteceu mediante a marcação de grandes penalidades. A arbitragem esteve a cargo de Carlos Xistra, Duarte Gomes e Pedro Proença, todos árbitros de primeira categoria nacional. Para o árbitro da Associação Distrital de Futebol de Castelo Branco, Carlos Xistra, “há que colocar muito rigor e seriedade na forma como se encaram estes jogos, apesar de em termos de pressão este torneio não ter comparação possível com os jogos da I e II Liga”. Carlos Xistra mostrou-se a favor da profissionalização da arbitragem, já que, “ se todo o espectáculo, no seu conjunto, é altamente profissional, não se compreende como é que um árbitro com a responsabilidade que tem não seja profissional nem tenha a disponibilidade suficiente para se preparar tão bem como os restantes intervenientes”. O árbitro natural da Covilhã considera que “não é fácil ser árbitro em Portugal, porque para além das oito horas de trabalho que temos por dia, ainda vamos treinar ao final da tarde e por vezes chegamos ao fim-de-semana sem estarmos na plenitude das nossas faculdades e cometemos erros que não se compreendem”, referiu.
Para Vítor Rebordão, “o futebol juvenil na Covilhã tem pernas para continuar, mas é triste que um clube como o ADE, que tira jovens das ruas e da droga e os acolhe e educa, não tenha apoios governamentais nem lhes sejam dadas condições financeiras para acabar as obras no seu complexo desportivo, permitindo que trabalhemos em péssimas condições”.