Antigos alunos de Comunicação partilham experiências

As conferências Comunicar – Inserção Profissional, trouxeram à academia antigos ubianos do curso de Ciências da Comunicação. O dia da criança foi vivido, na Universidade da Beira Interior (UBI), com o comunicar do crescimento profissional dos que já aqui passaram. Percursos e preocupações foram partilhados pelos oradores e a numerosa plateia.

A crescente preocupação dos actuais estudantes com a sua inserção profissional foi o mote para a organização das conferências Comunicar. O dia 1 de Junho ficou assim marcado pelo regresso à UBI de antigos alunos de Ciências da Comunicação.
Esta iniciativa conjunta de Anabela Gradim, docente da UBI na área de Ciências da Comunicação, Herlander Elias, docente da mesma instituição e área, e alunos finalistas de Relações Públicas com o apoio do Departamento de Comunicação e Artes da UBI, promoveu o partilhar de experiências e preocupações há muito aguardado.
O curso de Ciências da Comunicação abriu na UBI em 1989.Desde aí muitos foram os que procuraram formação académica nesta instituição. O objectivo das conferências incidiu no dissipar e aplacar as dúvidas dos actuais alunos através da partilha de experiências e do processo de inserção profissional dos que já aqui passaram.
Após a abertura das conferências, a cargo de António Fidalgo, docente e Presidente da Faculdade de Artes e Letras, e Paulo Serra, docente e Presidente do Departamento de Comunicação e Artes, seguiu-se o painel “Produção, TV e Vídeo”.
António Barbot, produtor de vídeo e freelancer da empresa Companhia das Ideias, Filipe Silveira, jornalista na equipa do primeiro jornal da SIC, e Gonçalo Madaíl, produtor na MTV, foram os primeiros entusiastas do dia. As suas comunicações promoveram uma acesa interacção com o público. As experiências divergentes na área de comunicação e as respectivas inserções profissionais foram traçadas, neste painel, com optimismo e confiança. Gonçalo Madaíl afirma que “os actuais alunos estão muito pessimistas, no entanto mais informados que na altura em que eu tirei o curso”.
A área da educação, o segundo painel da manhã, contou com a presença de Vítor Amaral, docente no Instituto Politécnico da Guarda, e de Maria João Centeno, docente na Escola Superior de Comunicação Social de Lisboa, que expuseram a sua opção de enveredar pelo ensino.
Maria João Centeno, foi uma das primeiras licenciadas em Ciências da Comunicação pela UBI, tendo sido a sua inserção profissional demarcada por uma conjuntura diferente da actual, percurso algo distinto do percorrido por Vítor Amaral.
Para a tarde ficaram reservados os painéis da área de “Jornalismo e Online” e de “Publicidade e Relações Públicas”.
João Campos, proprietário e director do jornal Nordeste, Daniel Sousa e Silva, jornalista no jornal Diário XXI, e Nuno Ricardo Fernandes, estagiário na área de editoria de sociedade na SIC, delinearam o seu percurso profissional, advertindo os actuais alunos para as dificuldades de inserção que viveram. Exceptuando a comunicação de João Campos, pela sua já larga experiência profissional, Daniel Silva e Nuno Fernandes foram as vozes de uma inserção recente demarcada pelas dificuldades actuais.
Por último, Sofia Craveiro, responsável pelo departamento de Comunicação e Imagem do Centro Hospitalar Cova da Beira, Liliana Ferreira, estagiária na empresa Hill & Knowlton, e Daniela Santos, futura consultora na área de comunicação na empresa Colisa, apresentaram comunicações em power point, onde para além do seus caminhos profissionais, demonstraram em que consistem as suas actividades.
As conferências suscitaram um interesse profundo nos alunos finalistas de Ciências da Comunicação, que permaneceram atentamente no decorrer de todas as comunicações. As dúvidas foram muitas e debatidas no final de cada painel, levando à intervenção de Paulo Serra, docente e Presidente do departamento de Comunicação e Artes e de Anabela Gradim, docente e Directora do curso de Ciências da Comunicação, com a finalidade de esclarecer o melhor possível todos os que intervieram.
O balanço positivo dos que assistiram às comunicações, é descrito por Luís Coelho, aluno finalista de ciências da comunicação, “de uma iniciativa muito boa pelo feedback que obtivemos das experiências dos oradores”.
Para os alunos inseridos no processo de Bolonha ficou ainda uma conclusão. Catarina Mendes, aluna finalista pelo processo de Bolonha do curso de Ciências da Comunicação, afirma “conclui hoje, de que o mestrado é o melhor a seguir”.
Ficou cumprido o objectivo de dissipar e aplacar o maior número possível de dúvidas. A presença de profissionais da área que passaram pela mesma academia, assumiu um carácter moral e de incentivo para todos os que hoje estão a um passo de sair da UBI.