Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 383 de 2007-06-05 |
AAUBI com contas em ordem
A maioria dos presentes na Assembleia-geral de Alunos (AGA) do passado dia 31 de Maio aprovou os relatórios de actividades e contas de 2006 da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI). A fase que se segue é de consolidação.
> Igor Costa“Este relatório é um sinal muito positivo”, concluiu Rui Pedro Dias, gestor da AAUBI. Depois de ter fechado as contas de 2005 com um passivo de 86 mil euros, os números finais do último ano são substancialmente inferiores. A AAUBI tinha, no final de 2006, uma dívida a fornecedores na ordem dos 21 mil euros que, contudo, já foi extinta.
Fernando Jesus, presidente da AAUBI, revela que este desenlace só o surpreende por o exercício económico ter “superado largamente a meta estabelecida e todas as expectativas orçamentais”. Isto apesar de “um ano conturbado, com mais instabilidade do que inicialmente estava previsto, sobretudo pelos cortes da reitoria”. Entre 2005 e 2006 o apoio vindo do Convento de Santo António decresceu mais de 30 por cento, tal como foi inferior o volume de proveitos. Todavia, a redução da estrutura de custos em 50 por cento foi um factor decisivo para o sucesso financeiro.
“Mesmo com menos apoios da reitoria, o rigor, a transparência e a contenção de custos deram resultados”, apontava Rui Pedro Dias. Quase a entrar na segunda metade de 2007, o gestor da associação indica que falta liquidar a dívida à Portugal Telecom. Um assunto que já está resolvido, “com um programa a 36 meses que tem sido religiosamente cumprido”.
“Mudanças paulatinas”, refere o gestor, para as quais terá contribuído o cumprimento do Regulamento Administrativo Interno, estabelecido em 2005. As despesas não documentadas – taxadas nos 70 por cento – foram reduzidas das dezenas de milhar de euros para os 32 euros, no final de 2006. Por tudo isto, Pedro Fonseca, presidente do Conselho Fiscal, disse que no entender do organismo, “o relatório deve ser aprovado”, ainda que venha a ser submetido a novo estudo.
A política de contenção orçamental que a AAUBI mantém este ano não levantará alterações significativas nas actividades previstas. O Radicool não se realizará em 2007 porque, segundo Fernando Jesus, o SkiParque de Manteigas não é viável, e o preço das alternativas era demasiado caro para os estudantes. “Em contrapartida vamos apostar mais em projectos culturais”, revela o líder associativo. Parcerias com a congénere de Salamanca, e a consolidação de projectos em marcha são os propósitos da AAUBI, também com o intuito de captar da melhor forma os financiamentos do Instituto Português da Juventude (IPJ). No plano desportivo, e apesar dos bons resultados das equipas em competição, “não sabemos se vamos continuar com a modalidade competitiva, pois não temos apoios”.
No mesmo dia foi aprovada a admissão de quatro núcleos à AAUBI. Os recém criados cursos de Ciências Biomédicas e Ciências Farmacêuticas fundaram os seus órgãos, e nas Letras, a reestruturação das licenciaturas levou Britubi, Iberubi e Literatubi a fundirem-se. Para Fernando Jesus “é bom que apareçam, pela renovação, gente nova, gente fresca, novas ideias, cursos novos”. A Orquestra Académica Já b’UBI & Tokuskopus regressou à academia depois de afastada por incumprimento administrativo. “Nada que volte a acontecer”, revela Nuno Macedo, um dos históricos da tuna: “São 18 anos de interacção e ajuda que nós não quisemos largar”.
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