Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 383 de 2007-06-05 |
Têxteis querem mais protecção contra chineses
A Federação da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal (FITVEP) defende que as limitações da União Europeia (UE) à importação de têxteis e vestuário chineses sejam prolongadas para além de Dezembro deste ano.
> Notícias da Covilhã"É urgente uma negociação, por via diplomática, das condições de acesso dos artigos chineses à UE após 01 de Janeiro de 2008", afirma José Robalo, presidente da FITVEP.
Com a aproximação do fim das limitações estabelecidas no "Memorando de Entendimento", celebrado entre a UE e a China em 10 de Junho de 2005, aquele responsável pede que, aos 10 produtos limitados, sejam acrescentados outros "em que o crescimento das exportações chinesas tem sido exponencial".
A lista de 2005 incluía tecidos de algodão, t-shirts, pullovers, calças, blusas, roupa de cama, vestidos, soutiens, peças de mesa e fios de linho.
O pedido agora conhecido faz parte de um carta de três páginas endereçada pela FITVEP ao ministro da Economia e Inovação, em que José Robalo considera que a presidência portuguesa da UE será o momento certo para estender as limitações aos produtos chineses. Portugal vai presidir à UE no segundo semestre deste ano.
No documento, a Federação pede ainda uma audiência com carácter de urgência a Manuel Pinho. A carta segue-se a uma outra, enviada em Abril, motivada pelo aumento de tarifas de importação para travar produtos chineses no Brasil, mas à qual o Ministério da Economia ainda não deu resposta. "Um pouco por todo o mundo civilizado há mecanismos para compensar a ilegal distorção comercial dos produtos chineses. Não sendo assumidas medidas idênticas, está-se a canalizar a comercialização chinesa para a UE", alerta José Robalo. Para o dirigente da FITVEP, as barreiras aos produtos chineses são necessárias para os interesses nacionais e europeus, "nomeadamente em defesa da indústria e das nossas exportações".
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