Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 382 de 2007-05-29 |
UBI e Santander Totta assinam protocolo
Os alunos de Gestão, Economia e Marketing da Universidade da Beira Interior (UBI) têm mais 28 possibilidades de estágio. O grupo financeiro apresentou a proposta na passada quinta-feira, 25 de Maio.
> Ana Albuquerque“Encontrar os melhores entre os melhores” é o objectivo a que se propõe o grupo Santander Totta, através de parcerias com algumas universidades portuguesas. Fernando Vieira, responsável pelos recursos humanos da instituição bancária, e Mário Raposo, vice-reitor e docente no Departamento de Gestão e Economia da UBI, formalizaram o acordo.
A cerimónia ocorreu no Anfiteatro Pe. António Videira, no Pólo Ernesto Cruz. O encontro deu a conhecer aos presentes a política interna da empresa e a experiência profissional de alguns antigos alunos da UBI. O convénio possibilitará aos alunos dos cursos de Gestão, Economia e Marketing candidatarem-se a 28 lugares de estágio profissional no grupo.
Com 150 anos de existência, o grupo Santander tem principal representatividade na América Latina, Espanha, Portugal e Reino Unido, estando posicionado em sétimo lugar no ranking mundial. O protocolo assinado entre a UBI e a empresa disponibilizará estágios trimestrais nos balcões da Beira Interior da multinacional, aos alunos interessados. Mediante o seu desempenho, os estagiários poderão ser contratualmente vinculados, mesmo internacionalmente. Segundo Fernando Vieira, “as universidades surgem na base, onde se encontram pessoas preparadas para agarrar oportunidades que vão surgindo nesta área”. Pretende-se que, com o estágio, os futuros profissionais aprendam os procedimentos e se familiarizem com o funcionamento das tarefas a realizar no sector onde estão inseridos.
“As empresas querem pessoas maduras social e profissionalmente”, aponta Fernando Vieira. Como tal, a autonomia e a vontade de actualização por parte dos funcionários são aspectos a relevar. A empresa deixa de predeterminar o processo de aprendizagem dos seus empregados para os responsabilizar pela sua formação. Cabe aos trabalhadores avaliar-se e decidir quais os sectores em que se pretendem especializar, e comunicar à empresa as suas necessidades, para ela poder agir em conformidade. Joaquim Lima, ex-aluno de Sociologia na UBI, é hoje director-geral da Associação Portuguesa de Cortiça (APCOR). O dirigente confirma a capacidade e necessidade de autodeterminação dos recém-licenciados enquanto “gestores das suas próprias carreiras”.
A política de contratação do Santander visa criar “uma equipa jovem e dinâmica”, reforça Fernando Vieira. Daí a necessidade de dirigir o seu enfoque para o ensino superior. “A possibilidade de contactar com a realidade profissional será uma forma de complementar a formação e preparação especializada que os alunos universitários recebem”, acrescenta o representante bancário. O recrutamento é feito em ponderação do desempenho e potencialidades dos candidatos. Saber avaliar a conjuntura social, responder adequadamente às necessidades e interesses dos clientes em diversas situações e a capacidade de aprendizagem são aspectos tidos em conta.
O banco conta actualmente com cerca de 110 estagiários ao seu serviço, entre recém-licenciados e finalistas. Através dos processos de selecção e orientação profissional, o Santander pretende encontrar “pessoas com potencial de desenvolvimento, empreendedoras, que alcançam os objectivos e com iniciativa própria”, destacando a versatilidade como um requisito fundamental. A este propósito, Mário Raposo realça que “temos de nos habituar à mobilidade. Já não há o conceito de emprego para toda a vida.”
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