Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 382 de 2007-05-29 |
AAUBI promove funeral das Engenharias
Os responsáveis pela Associação Académica da Universidade da Beira Interior promoveram um “funeral” dos cursos de Engenharia que actualmente funcionam na instituição. Um sinal de protesto pela decisão do ministro da tutela em não aprovar o segundo ciclo destes cursos.
> Eduardo AlvesA urna coberta por um pano negro levava as designações dos vários cursos de Engenharia que a UBI lecciona. Num cortejo fúnebre onde as capas negras dos alunos da instituição sublinhavam ainda mais o simbolismo do acto. A AAUBI promoveu assim aquilo que considerou ser “o funeral das Engenharias na UBI”.
Fernando Jesus, presidente da AAUBI, encabeçou este cortejo, que debaixo de chuva, percorreu a ligação do Edifício das Engenharias até à Reitoria. Num acção que dizem ser contra a política do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e contra a decisão “de não aprovar as propostas curriculares de licenciaturas em Engenharia com segundo ciclo integrado, apresentadas pela instituição”.
O responsável máximo pela associação académica fala numa medida de “discriminação”, uma vez que “os cursos deste tipo foram aprovados paras as instituições do litoral do País, mas para o interior, nada”. Desta forma, Fernando Jesus acredita que “as Engenharias já estavam mal, mas agora vão mesmo acabar por morrer”. O representante dos alunos diz ser muito difícil para os futuros alunos “optarem por estes curso na Covilhã”, quando podem frequentar os dois ciclos e ter o grau de mestre “em Lisboa”. Mas as críticas não se ficam pelo ministério. Jesus diz também existir “a falta de uma estratégia concertada ao nível do Gabinete de Relações Públicas”. Para o presidente da AAUBI, “devia existir outro tipo de trabalho e de formas de captar os alunos desta região para a UBI”.
Foi à porta da reitoria que o presidente da AAUBI entregou a Manuel Santos Silva, reitor da UBI, uma carta aberta com todos os pontos de vista da academia estudantil sobre este assunto. O responsável pela instituição partilhou das mesmas preocupações dos alunos e sublinhou que “já noutras alturas o descontentamento foi mostrado ao ministro”. Santos Silva mantêm a pressão sobre o responsável pela tutela e espera que os cursos da UBI venham também a ser aprovados nos novos moldes.
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