Voltar à Página da edicao n. 381 de 2007-05-22
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O curso de Arquitectura organiza esta semana as segundas jornadas

Arquitectura desconhece caminho para Bolonha

É um dos cursos mais recentes da Universidade da Beira Interior (UBI), mas estas são já as segundas jornadas que organiza. De 21 a 24 de Maio, profissionais e estudantes discutirão o ensino e o exercício da profissão, nas mais diversas vertentes.

> Igor Costa

Urbanismo, arte, tecnologia e sustentabilidade são alguns dos pontos que marcarão as Conferências de Arquitectura, organizadas pelo Núcleo de Estudantes de Arquitectura da Universidade da Beira Interior (NAUBI). Um dos temas quentes andaria em torno das implicações de Bolonha, mas a discussão foi adiada. Na sessão de abertura, o essencial foi dito a este respeito. Docentes e representantes dos alunos mostram-se preocupados com a incerteza quanto ao próximo ano.
Luís Ferreira Gomes, presidente do Departamento de Engenharia Civil e Arquitectura (DECA) da UBI, mostrou-se satisfeito para com os estudantes, que adjectivou de “organizados, persistentes e trabalhadores”. Todavia, o docente revelou que o sentimento é contrastado por alguma “apreensão relativamente ao processo de Bolonha, pois foi uma tarefa árdua e estamos a aguardar. Apelo para que acelerem a situação, para que tenhamos a certeza em breve”.
Pedro Martins, presidente do NAUBI, frisou o repto a Vítor Cavaleiro, presidente da UCP Ciências da Engenharia e lançou um outro a Leonor Gomes. O estudante pediu à Presidente do Conselho Directivo Regional do Sul da Ordem dos Arquitectos “para que a ordem faça pressão junto do ministério” a fim de definir a situação.
Vítor Cavaleiro reconhece que se atravessam momentos difíceis, estes em que se aguarda resposta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), mas adianta que “tudo está a postos para receber o mestrado integrado”. Leonor Gomes falou também das alterações no ingresso na Ordem dos Arquitectos e da consequente necessidade de mostrar ao arquitecto qual é o seu papel na sociedade, nomeadamente “para que o ambiente e a qualidade de vida das pessoas melhore”.
No que diz respeito às conferências, Vítor Cavaleiro salientou a importância desta organização para que se dê a conhecer o curso fora da UBI. Os conferencistas surgem de diversas instituições ibéricas, como a Universidade Católica Portuguesa, o Instituto Superior Técnico, a Universidade de Valladolid, a Universidade de Coimbra, a Universidad Europea Miguel de Cervantes, a própria UBI, e outras. No total serão apresentadas cerca de duas dezenas de comunicações, que se prolongarão até quinta-feira, 24 de Maio.
Segundo o docente, a iniciativa mostra como todos os intervenientes da licenciatura caminham no mesmo sentido. Com este intuito, José Afonso, representante da Ordem dos Arquitectos da Delegação de Castelo Branco, apresentou a intenção de encetar relacionamentos com a UBI. Isso poderá ocorrer através de encontros que reúnam trabalhos de arquitectos e alunos da UBI, bem como pela criação de um espaço da Ordem na UBI, onde estivessem disponíveis livros on-line. “O nosso património está debaixo de fogo com práticas ilegais, acções irresponsáveis, soluções que não são as melhores, por parte de arquitectos, engenheiros e construtores”, diz José Afonso. Por isso lança um aviso a todos os presentes: “Se não trabalharmos juntos, não iremos longe.”


O curso de Arquitectura organiza esta semana as segundas jornadas
O curso de Arquitectura organiza esta semana as segundas jornadas


Data de publicação: 2007-05-22 00:06:00
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