Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 381 de 2007-05-22 |
Causas e curas da “Diabetes”
Especialistas da área da endocrinologia e diabetologia pediátrica estiveram na Covilhã, a debater alguns dos problemas que afectam o desenvolvimento de algumas crianças e adolescentes. Durante a reunião os peritos alertaram que a diabetes é uma doença que tem tendência a aumentar se não forem tomadas medidas rápidas no sentido da sua prevenção.
> Susana DuarteO auditório do Hospital Pêro da Covilhã, recebeu na passada sexta-feira, 18, vários especialistas da área de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica, para participarem numa reunião subordinada aos temas da Diabetes na criança e adolescente, Obesidade, e Alterações da Puberdade e Crescimento.
Esta iniciativa, organizada pela “Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica”, conjuntamente com os Serviços de Pediatria e Endocrinologia do CHCB, visou debater alguns dos problemas mais prementes que na actualidade afectam o desenvolvimento das crianças e adolescentes. “A diabetes é relativamente frequente na criança, uma em cada 300/400 crianças tem diabetes”, afirmou a pediatra dos Hospitais da Universidade de Coimbra, Alice Miranda.
A pediatra explicou que a diabetes tipo І é a mais frequente nas crianças e adolescentes. Trata-se de uma doença não hereditária e auto-imune, não se relacionando com qualquer factor que tenha a ver com o ambiente. Já a diabetes tipo ІІ está relacionada com o aumento da prevalência da obesidade, que é consequência das alterações dos hábitos alimentares e diminuição da actividade física.
Alice Miranda explicou que os dois tipos de diabetes são quase duas doenças diferentes, “os sintomas a que se deve estar atento e valorizar são beber muita água, urinar muito e a perda de peso significativa num curto espaço de tempo”, alertou. “A criança que tenha estes sintomas e que se comprove com diagnostico complementar a presença da diabetes, deve ser enviada rapidamente para um serviço hospitalar com urgência em pediatria, para se evitar a situação de coma diabético”, acautelou a especialista. Alice Miranda elucidou que “se houver um bom controlo em termos hemoglobina C, o crescimento e desenvolvimento das crianças portadoras da doença é exactamente igual ao das outras”. Explicou ainda que apesar de ser uma doença crónica, é possível tratá-la e viver com ela. A especialista declarou que a diabetes tipo І, neste momento ainda não tem prevenção, mas na diabetes tipo ІІ, há muita coisa a fazer. A prevenção passa por uma alimentação saudável, complementada por exercício físico para reduzir a obesidade.
Na reunião estiveram presentes pediatras, endocrinologistas e investigadores ilustres desta área, provenientes não só do Centro Hospitalar Cova da Beira, mas também de outros Hospitais tais como o Hospital de Stª. Maria (Lisboa), Hospital Garcia da Orta (Lisboa), Hospital Pediátrico de Coimbra, Hospital Distrital de Braga, e Hospital de S. Teotónio (Viseu).
Multimédia