Voltar à Página da edicao n. 381 de 2007-05-22
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Segundo Luís Patrão, a zona da Serra da Estrela não tem procura suficiente para a instalação de um casino

“Não há condições para um casino”

Luís Patrão, presidente do Instituto de Turismo de Portugal, diz que falta “fluxo turístico regular” na região. Só quando a sazonalidade do destino for ultrapassada se deve pensar numa zona de jogo.

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“Nesta região, e nas condições actuais, não há campo para um casino”, entende Luís Patrão, presidente do Instituto do Turismo de Portugal, que manifestou a sua opinião sobre o assunto na passada semana, durante uma visita à Região de Turismo da Serra da Estrela, liderada pelo irmão, Jorge Patrão.
Este responsável considera que “falta fluxo turístico regular que não torne o casino uma sala exclusiva dos habitantes da região”. “O que seria penoso em termos sociais”, realça. Declarações que, aliadas à ausência de uma resposta por parte do secretário de Estado do Turismo, também presente, irritaram Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã.
Luís Patrão, que acentua não ser ele a decidir mas sim o Governo, considera que o casino só fará sentido quando houver “fluxo, dinâmica e procura turística” que o justifiquem. “Estamos à espera que primeiro se crie a procura turística dinâmica para a seguir se pensar no que se pode oferecer a estes turistas”, frisa.
Perante as actuais circunstâncias, o presidente do Instituto do Turismo de Portugal, criado há um ano, diz que não há nenhum projecto relativo à zona de jogo da Serra da Estrela para avançar.
Sentado durante o jantar de comemoração dos 50 anos da Região de Turismo na mesma mesa de Luís Patrão e do secretário de Estado da tutela, Bernardo Trindade, Carlos Pinto adianta que o assunto foi tema de conversa. Mas lamenta que não lhe tenham sido dadas justificações, nem percebe porque o Governo não aprova a criação do casino.
“Espero que não estejamos perante uma cedência àqueles que já estão no jogo”, sublinha Carlos Pinto, para que “o Governo deve deixar-se de ter estados de alma e de substituir-se à iniciativa privada”.
Aos argumentos de Luís Patrão o edil serrano responde ao dizer que não sabe qual é a procura de jogo em Vigado, nas Pedras Salgadas, nem qual o estudo que a tutela tem para Tróia, locais onde as propostas foram aprovadas. “O que o Governo está a fazer é a dar zonas de jogo como moeda de troca para rentabilizar investimentos”, aponta.
No caso de o casino na região ser deferido, Carlos Pinto garante haver muitos investidores interessados no concurso, nacionais e internacionais. “Todos os dias empresários perguntam à câmara sobre quando se decide criar a zona de jogo”, acentua.
A criação do casino foi decidida pelo governo de Santana Lopes. Com a mudança de executivo, que passou a ser chefiado por José Sócrates, O então Presidente da República, Jorge Sampaio, mandou o documento para reapreciação.


Segundo Luís Patrão, a zona da Serra da Estrela não tem procura suficiente para a instalação de um casino
Segundo Luís Patrão, a zona da Serra da Estrela não tem procura suficiente para a instalação de um casino


Data de publicação: 2007-05-22 00:00:00
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