Voltar à Página da edicao n. 379 de 2007-05-08
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Este fim-de-semana decorreu mais uma campanha de recolha de alimentos

Banco Alimentar procura mais voluntários

Faltam voluntários ao Banco Alimentar. É esta uma das lacunas detectadas pela entidade que, em cinco anos, já distribuiu 345 toneladas de alimentos em oito concelhos da região.

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Em cinco anos de actividade, o Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira distribuiu 345 toneladas de alimentos em oito concelhos da região, através de 35 instituições. O número insuficiente de voluntários permanentes, assim como a falta de um armazém de maior dimensão, são algumas das lacunas com que os responsáveis se deparam.
No passado fim-de-semana, a campanha para a recolha de alimentos voltou a estar na rua e à entrada dos hipermercados. Uma iniciativa que conta com a colaboração de cerca de 400 voluntários. Mas o Banco Alimentar funciona durante todo o ano, e a ajuda permanente vem de 23 pessoas. Um número insuficiente para a actividade da organização. “Temos sempre gente a menos para o que precisamos”, frisa Ricardo Alves, um dos responsáveis.
Para além das duas recolhas anuais nas superfícies comerciais, é necessário preparar todas as semanas os cabazes, distribuídos às terças-feiras, para as instituições ajudadas. Como o que é angariado nas campanhas não dura muito tempo, há também que fazer contactos com empresas e cooperativas de frutas, para procurar donativos, fazer as estatísticas, tratar dos aspectos burocráticos, reunir os elementos para assinar acordos com instituições e ver se estão a ser cumpridos.
É para esse tipo de tarefas que o Banco Alimentar da Cova da Beira agradece mais colaborações, “com o tempo que conseguirem dar, tendo em conta que as pessoas têm as suas ocupações”, sublinha Ricardo Alves. Até porque mais de metade dos alimentos são recolhidos fora das duas campanhas anuais, fruto desse trabalho regular.
Durante o ano são três as formas de ajudar, realça Ricardo Alves. “Doando dinheiro, para as despesas correntes, como a conta da luz, fazendo chegar alimentos ou tornar-se voluntário”.
E se em 2002 o Banco Alimentar começou a funcionar com 15 instituições, que apoiavam 1373 pessoas, em 2006 eram já 35 as entidades ajudadas, que beneficiavam directamente 2 mil e 800 pessoas. De 31 toneladas de géneros, passou-se para a distribuição de 135 toneladas.
A Covilhã e Fundão são os municípios onde os tentáculos do Banco Alimentar mais auxiliam, mas canaliza também bens alimentares para os concelhos de Belmonte, Guarda, Manteigas, Gouveia, Seia e Pinhel.
A rede de instituições a quem é dado apoio, segundo o responsável pelo organismo, não se prevê que venha a ser alargada. Ou pelo menos ao ritmo que tem visto. Isto porque em algumas alturas do ano o armazém é insuficiente para guardar todos os alimentos, noutras há dificuldade em dar resposta aos pedidos.
O Banco Alimentar Contra a Fome da Cova da Beira assinala o quinto aniversário no dia 19, com uma conferência relativa ao “Combate contra a Pobreza”. A iniciativa tem lugar no anfiteatro da parada da Universidade da Beira Interior, às 16h30.
Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, é uma das oradoras, que vai falar da ajuda temporária dada por estas estruturas, até que as pessoas possam retomar uma vida com menos dificuldades. Luís Vasconcelos, da Associação Portuguesa de Direito ao Crédito, é o outro convidado, para abordar o micro-crédito.


Este fim-de-semana decorreu mais uma campanha de recolha de alimentos
Este fim-de-semana decorreu mais uma campanha de recolha de alimentos


Data de publicação: 2007-05-08 00:00:00
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