Voltar à Página da edicao n. 379 de 2007-05-08
Jornal Online da UBI, da Covilhã, da Região e do Resto
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O Dia do Trabalhador foi assinalado em diversas localidades do concelho

Comemorar o Dia do Trabalhador

Nem a chuva nem o frio que se fizeram sentir impediram que se comemorasse mais um 1º de Maio, na Covilhã. Uma festa que decorreu durante todo o dia no centro histórico da Covilhã. Várias foram as actividades e personalidades que celebraram este dia sempre lembrando o que os une.

> Joana Barata

Foi com fogo-de-artíficio que se deu inicio ás comemorações de mais um 1º de Maio. A tradicional corrida do 1º de Maio em atletismo começou pelas 11h00 com partida na Vila do Carvalho, com meta no Pelourinho. A apresentação da cerimónia ficou a cargo dos atletas Mário Trindade e Raul Pereira. Esta corrida contou com a presença de grandes nomes do atletismo português nomeadamente de Carlos Lopes, Paulo Guerra, Eduardo Henriques, Manuela Machado e Rosa Mota que apadrinharam gratuitamente esta grande corrida. Rosa Mota refere que “Fiquei muito contente com este convite e aproveito para dar os parabéns a todos os que participaram pois correu tudo muito bem”. A atleta refere ainda que foi óptimo ver tanta gente a participar, no total foram cerca de 1000 participantes. No final deixou um conselho para todos “Caminhem e sigam o exemplo dos mais velhos, de terem bons hábitos em pequenos (…) o fundamental é não ficar em casa”. Para além, da grande corrida do 1º de Maio de séniores e veteranos de cinco escolas, realizaram-se as provas de iniciados, juniores e infantis, tanto femininos como masculinos. Pela primeira vez realizou-se uma corrida de cadeira de rodas que tal como refere José Fernandes, um dos organizadores das provas desportivas, “Ainda não tínhamos incluído nos nossos programas e achamos que esta prova estava um pouco discriminada já que organizamos todas as provas de atletismo(…) mas ainda bem que o fizemos.” José Fernandes considera que adesão de atletas profissionais e amadores foi bastante positiva, “Só na marcha pedreste participaram cerca de 650 atletas e nas diversas provas cerca de 320 atletas”. Na prova em cadeira de rodas foram seis os participantes. Esta corrida surge no sentido de homenagear todos os trabalhadores que antigamente faziam vários quilómetros a pé para os seus empregos. Já para Carlos Lopes este é um dia que festeja com muito orgulho. O atleta refere que “A participação do povo da Covilhã foi simplesmente extraordinária desde a marcha até à caminhada, acima de tudo pelo convívio e pelo bem que faz há saúde sendo uma forma das pessoas se expressarem de maneira diferente”. No decorrer da festa houve espaço para mais um acto de apoio ao jovem Ricardo. José Pais Guilherme, proprietário de um restaurante da região, decidiu entregar pessoalmente ao jovem um cheque no valor de 501 euros. Procedeu-se de seguida á entrega das taças e dos respectivos prémios. A festa continuou pela tarde fora apesar do mau tempo que se fez sentir. Mesmo assim foram várias as actividades presentes no local desde torneios de damas e xadrez. Para os mais novos um atelier de pinturas com o tema “O dia do trabalhador visto pelas crianças”. Para encerrar o dia deu-se o habitual comício com a intervenção sindical de Luis Garra, coordenador da União dos Sindicatos de Castelo Branco que refere que “Este dia é muito importante para todos porque assinala o massacre que houve sobre os trabalhadores que ousaram lutar há 121 anos pelos seus direitos e pela redução da jornada diária de trabalho”, assim conclui “Comemoramos este dia honrando a memória desses trabalhadores. Garra refere que continuam a haver muitas injustiças sociais, cada vez mais desigualdades e uma grande insegurança ao nível do emprego. No discurso as principais críticas feitas foram no sentido das questões sociais e laborais nomeadamente da saúde, da educação, da justiça, do custo de vida e dos fracos salários. Nas principais críticas ao governo, Garra refere a “dependência em relação ao grande capital financeiro e especulativo e o abandono completo em relação ao Interior. Garra refere que “Mais do que estar obcecado com o défice é fundamental que se aposte na economia real, que se apoie o aparelho produtivo e os micro-empresários e que se melhore o poder de compra das populações porque isso é que faz dinamizar e desenvolver a economia”, conclui. Refere ainda que “O nosso objectivo é mobilizar os trabalhadores para a próxima greve geral a realizar a 30 de Maio em que haverá paralização das empresas do sector privado e da função pública. Para Augusto Pinheiro Pais, reformado, o 1º de Maio “É um dia importante para quem trabalha mas que o conceito está hoje em dia muito utilizado e ainda adulterado". Na opinião de Augusto Pais, “Deve haver uma insistência válida junto das entidades e um esforço da parte do trabalhador para que o empregador reconheça ao trabalhador aquilo a que tem direito”.


O Dia do Trabalhador foi assinalado em diversas localidades do concelho
O Dia do Trabalhador foi assinalado em diversas localidades do concelho


Data de publicação: 2007-05-08 00:01:00
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