Peak Oil discutido na UBI

Energia, poluição, alterações climatéricas ou políticas sociais são alguns dos tópicos que fazem parte do fenómeno do “Peak Oil”. Este não é mais do que o pico máximo de produção de petróleo que os países conseguem atingir. É sobre tudo isto que se vai falar na UBI.

Pedro de Almeida, professor auxiliar do Departamento de Informática da UBI vai ser o orador de uma conferência sobre o “Peak Oil”. O evento que terá lugar no próximo dia 9 de Maio, no anfiteatro 6.1, da UBI tem agora mais interesse que nunca.
Nesta apresentação, também já feita no Porto, o docente da UBI vai abordar o problema do pico mundial da produção de petróleo “Peak Oil”, um fenómeno que ao que tudo indica “deverá acontecer a muito curto prazo”.
Este investigador na área das energias renováveis, desde 1988, adianta que este é um problema “que nos vais afectar a todos, de forma muito intensa e muito grave”. Desta forma, Pedro de Almeida alerta para o facto da importância “do alerta ser dado já às pessoas em geral e aos meios académicos em particular”.
Esta intervenção foi já apresentada no Porto e estará também na UBI. Para além desta instituição de ensino superior, Pedro de Almeida vai também apresentar este pequeno seminário na Assembleia da República, no próximo dia 18 de Maio. Esta apresentação para os deputados portugueses está integrada numa conferência sobre o “Peak Oil”.
No âmbito desta comunicação, o docente vai falar sobre o facto das presentes sociedades serem fortemente dependentes dos combustíveis fósseis, como o petróleo, o carvão e o gás natural. O petróleo, em particular, “representa cerca de 95 por cento da energia usada nos transportes”, sublinha Pedro de Almeida. A este facto deve também acrescentar-se que o petróleo está também presente “na produção de electricidade, no aquecimento de edifícios e na produção de produtos petroquímicos”. Mas neste momento, o planeta está prestes a atingir “o seu pico de produção de petróleo “Peak Oil”. Pedro de Almeida, que nas suas investigações realiza também trabalhos de técnicas de previsão, acrescenta que a partir de uma determinada data, “a produção de petróleo irá diminuir”.
Todavia e em circunstâncias normais, “o crescimento económico e populacional da humanidade conduzirá à continuação do crescimento das necessidades mundiais de petróleo”. No entanto, obviamente, “o consumo não pode ser superior à produção, pelo que uma redução do consumo será inevitável”.
Nesta apresentação é discutido o problema do “Peak Oil” nas suas diversas vertentes: datas, causas, consequências, problemas e oportunidades. Pedro de Almeida foi recentemente consultor no domínio da previsão dos preços de petróleo para cobertura de risco numa companhia de aviação comercial. Interessa-se pelo problema da energia proveniente do petróleo, mas também pelo estudo da situação global das fontes de energia. Tem cooperado em diversas pesquisas relacionadas com formulários de produção de electricidade e de energias renováveis. É também membro da Association for the Study of Peak Oil and Gas (ASPO).