Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 377 de 2007-04-24 |
Covilhã celebra Obra de Santa Zita
A festa de aniversário da obra de Santa Zita iniciou-se com uma Eucaristia na manhã de domingo, presidida por D. Manuel Felício, Bispo da Guarda, e prolongou-se durante a tarde, num convívio que encheu o Teatro Cine da Covilhã.
> Helder Filipe Prior“A Obra de Santa Zita tem sido fundamental no que se refere à inserção social dos mais desfavorecidos, uma vez que nem todas as pessoas podem ter acesso a bens materiais, ou mesmo a valores sociais”. Foram estas as palavras proferidas por D. Manuel Felício nas comemorações dos 75 anos da Obra de Santa Zita, que decorreram um pouco por todo o país, no passado dia 15 de Abril.
José Geraldes, Arcipreste da Covilhã, sublinhou que “este é um projecto de grande alcance e relevância, pois a Obra de Santa Zita tem como principal missão educar os jovens e contribuir para a evangelização das famílias”. Crianças das creches de Santa Zita da Covilhã, Lisboa e Portalegre vestiram a pele de artistas, subiram ao palco, e contribuíram para animar as centenas de espectadores que encheram o Teatro – Cine. A Obra de Santa Zita foi fundada por Joaquim Alves Brás na cidade da Guarda, em 1931, alcançando posteriormente todo o país.
Na Covilhã, a Obra de Santa Zita nasceu a 8 de Setembro de 1932 e tem contribuído decisivamente para o surgimento de actividades de ocupação de tempos livres para crianças (ATL), ao mesmo tempo que colabora na promoção da solidariedade, associativismo e instrução religiosa.
As Casas de Santa Zita surgiram da necessidade de auxiliar as ditas “criadas de servir”, jovens na maior parte das vezes desfavorecidas e que, de certa forma, haviam sofrido algum tipo de violência física e psicológica. Mais tarde o alcance desta obra ganhou maior abrangência, e passou também a servir de apoio a prostitutas e outras mulheres desfavorecidas, contribuindo para a sua inserção e reabilitação social.
O projecto levado a cabo por Monsenhor Joaquim Alves Brás está fortemente implantado em Portugal, mas a obra cresceu de forma extraordinária, expandindo-se para cidades como Madrid e Roma. A razão pela qual a obra de Joaquim Alves Brás ficou conhecida como Obra de Santa Zita deve-se ao facto desta ter sido uma “criada de servir” na cidade italiana de Lucca. Nascida em Monte Sagrati, no ano de 1218, Santa Zita começou a trabalhar aos 12 anos para a família Fatinelle, e devido à sua bondade ficou conhecida como Padroeira das empregadas domésticas. Em Portugal existem 19 Casas de Santa Zita, que se dedicam a auxiliar crianças e famílias, desenvolvendo actividades que vão desde o apoio aos jovens, idosos, acolhimento de emigrantes, lar de estudantes e ocupação de tempos livres.
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