Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 377 de 2007-04-24 |
Adega aprova entrada em sociedade gestora comum
A Assembleia-geral da Adega Cooperativa da Covilhã aprovou a entrada da instituição no capital de uma empresa que ficará encarregue da gestão conjunta de três adegas da região. A da Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Franca das Naves (Beira Serra), caso os associados destas duas últimas estejam de acordo com a proposta das direcções.
> Notícias da CovilhãA ideia, gerada no seio da União das Adegas Cooperativas da Beira Interior (UNACOBI), contou apenas com o interesse de três. As estruturas do Fundão e Pinhel não quiseram aderir. António Bidarra Andrade, presidente da associação de adegas e da cooperativa da Covilhã, diz que com a sociedade anónima se pretende “centralizar a gestão, reduzir custos, ganhar escala”. “O objectivo é ter condições competitivas para enfrentar o mercado”, salienta.
Ponto assente, frisa Bidarra Andrade, é que “cada cooperativa continua independente, com a sua identidade própria”, assegura. Para já, está-se numa “fase exploratória”, de transmitir o projecto aos sócios. Caso alguma das adegas veja a ideia chumbada pelos sócios, “terá de rever a sua posição”.
O que se pretende é ganhar escala. Por isso, Bidarra Andrade deixa a porta aberta para a entrada das outras duas cooperativas, “caso revejam a sua situação”. Um cenário pouco provável, já que o presidente da Adega do Fundão, Albertino Nunes, veio a público dizer que a sociedade em causa é um projecto megalómano, suicida. Bidarra Andrade prefere não comentar, diz apenas que “riscos há em tudo na vida” e que “há uma luz ao fundo do túnel através desta alternativa”.
A sociedade resulta da proposta de um estudo encomendado à CA Consult, do grupo Caixa Agrícola, pela UNACOBI. O que se pretende é que fique encarregue da gestão financeira, comercial e operacional das cooperativas aderentes. O capital, garante Bidarra Andrade, ainda não está definido. Pelo que os valores vindos a público, de um milhão e cem mil contos, não têm rigor, frisa. O limite temporal para a criação da estrutura não está também calendarizado. “Depende da reacção das assembleias”.
O presidente da UNACOBI realça que, embora nada esteja clarificado, o capital das adegas “pode ser em dinheiro ou em espécies, não há formas rígidas”. O restante financiamento (49 por cento) seria aberto à iniciativa privada. “Se o plano de negócios for credível os privados mostrarão interesse”, sublinha.
E tudo aponta para isso, salienta Bidarra Andrade, a crer no estudo da CA Consult, que “indica pistas sustentadas para transformar fragilidades em eventuais potencialidades”. Dar maior peso e novas condições para a comercialização e posicionamento dos vinhos nos mercados nacionais e internacionais é um dos objectivos. Assim como fazer compras comuns em maior quantidade para reduzir custos.
Algumas das ideias foram já tentadas, através da criação da Central de Compras da UNACOBI, que não chegou a entrar em funcionamento. Assim como a criação de um vinho comum, que nunca chegou a ser comercializado. Actualmente, projectos que “estão em stand by”.
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