Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 375 de 2007-04-10 |
Literatura Ibérica em debate
A UBI acolhe, durante três dias, um evento onde se vão debater as relações literárias ao nível de Portugal e Espanha. Este encontro surge no âmbito do projecto RELIPES.
> Eduardo AlvesAs relações literárias e linguísticas entre Portugal e Espanha vão ser abordadas nos próximos dias 18, 19 e 20 de Abril, na Universidade da Beira Interior, no âmbito do projecto luso-espanhol Relações Linguísticas e Literárias entre Portugal e Espanha (RELIPES).
O congresso internacional, organizado pelo Departamento de Letras da UBI, será o terceiro e último inserido neste projecto de investigação financiado pelo INTERREG IIIA e do qual fazem parte, para além da instituição covilhanense, as universidades de Évora e Salamanca.
Sob o título “O Outro Lado do Espelho Ibérico”, este evento, a decorrer no anfiteatro da
Parada da UBI, tem como objectivo principal analisar as relações literárias e linguísticas entre Portugal e Espanha do século XIX à actualidade de uma forma homogénea e rigorosa. O III Congresso do RELIPES trará à Covilhã, para além de algumas dezenas de especialistas e investigadores ibéricos, escritores como Mário Cláudio (Prémio Pessoa em 2004), Fernando Pinto do Amaral, Carlos Marzal e Possidónio Cachapa, entre outros. Embora as relações linguísticas e literárias sejam as temáticas centrais deste encontro científico, é dado destaque, também, a outras áreas, como a filosofia ou o cinema, com a presença de Benito Zambrano, realizador espanhol galardoado com vários prémios Goya pela Academia Espanhola de Cinema. No entanto, o congresso está, igualmente, aberto a professores de português e espanhol, alunos e a todos os interessados por estas temáticas peninsulares, sendo que a entrada é livre.
Os estudos levados a cabo pela equipa de investigadores das universidades de Évora,
Salamanca e Beira Interior têm sido apresentados ao longo de congressos realizados, respectivamente naquelas instituições de ensino, e irão culminar, agora na Covilhã, com a publicação de um livro final com os resultados da investigação realizada. Livro esse que se pretende de referência para todos os estudos sobre a temática. A juntar a este há ainda a edição de vários volumes com as conclusões alcançadas em cada um dos encontros.
Pretende-se, assim, criar uma nova dinâmica nas relações académicas e culturais mantidas entre os dois países nas suas zonas fronteiriças, algo já visível nesta articulação de três universidades peninsulares.
Do vasto programa, destaque para a apresentação do livro RELIPES pelos coordenadores do projecto, Gabriel Magalhães, Antonio Sáez Delgado e Ángel Marcos de Dios, respectivamente das universidades da Beira Interior, Évora e Salamanca, logo no primeiro dia do Congresso, 18, e a sessão “Vozes Ibéricas” onde os escritores José Tolentino de Mendonça, Carlos Marzal e o director do Instituto Cervantes de Lisboa, Ramiro Fonte, e outros irão partilhar com o público a forma de viver literariamente entre vários idiomas. No dia seguinte, 19, relevo para, na parte da manhã, as sessões plenárias dedicadas à literatura dos séculos XIX e XX, enquanto que de tarde, às 15 horas, o colóquio subordinado ao cinema peninsular com o realizador espanhol Benito Zambrano. Logo de seguida, oportunidade para assistir ao momento “Um Texto para o Outro” com Mário Cláudio, Rita Taborda Duarte, Possidónio Cachapa, Jesús Losada e Myriam Reyes, entre muitos outros. Para o último dia do Congresso, quinta-feira, 20, estão reservadas, entre outros momentos, as comunicações livres. Caberá a Perfecto Cuadrado, da Universidade das Ilhas Baleares, e a Maria Fernanda de Abreu, da Universidade Nova de Lisboa, pronunciar as conferências de encerramento do evento.
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