Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 374 de 2007-04-03 |
Via-Sacra da Pastubi mobiliza população
Mais de uma centena de pessoas percorreram as dezasseis estações da Paixão de Cristo entre a capela românica de S. Martinho e a Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em S. Pedro. A pastoral universitária reuniu vários grupos de jovens e movimentos da cidade para, a 29 de Março, meditarem em conjunto com a comunidade sobre a morte e ressurreição de Cristo.
> Ana AlbuquerqueRezar e meditar sobre a missão de Cristo e a missão de cada um na comunidade em que se insere era o que se pedia a quem quis percorrer as ruas da cidade na noite de quinta-feira, 29 de Março. A pastoral da Universidade da Beira Interior (Pastubi), em cooperação com grupos de jovens, escuteiros da Boidobra, Coro da UBI e Jesuítas organizaram, uma vez mais, uma caminhada pela cidade, relembrando o percurso de Cristo até à ressurreição.
Para além das tradicionais práticas religiosas da oração, cânticos e meditação, também o recurso a ferramentas multimédia dinamizou a reflexão dos participantes. A estação inaugural teve lugar na capela românica, no recinto da UBI. Depois, o cortejo seguiu ao longo da Rua Marquês d’Ávila e Bolama, percorrendo algumas ruas do centro histórico da Covilhã. Durante as cinco estações meditadas pelas ruas até S. Pedro, os moradores acompanhavam a via-sacra com orações, nos parapeitos. A grande parte da reflexão foi realizada dentro da Igreja do Sagrado Coração de Jesus (Igreja de S. Tiago), onde as largas dezenas de católicos permaneceram em oração.
A terminar o tempo quaresmal e na preparação da principal festa católica, a Páscoa, “ser semente da boa nova” é a proposta do padre Luciano Costa, capelão da UBI, levando-a “às estruturas, instituições, escolas, universidades, prisões, etc.”. A mensagem do também responsável pela Pastubi ligou-se à décima sexta estação, que os Jesuítas propuseram. No “Envio e Missão” pretendeu-se mostrar que “todos temos uma responsabilidade”, como afirmou o padre Henrique Rios, da Companhia de Jesus, (Societas Iesu – SJ). “A palavra é o que todos precisamos para mudar um bocadinho o mundo. Também na nossa cidade temos muito para fazer e dizer, a nossa fé e as nossas boas acções”, reforçou o sacerdote jesuíta.
Aos presentes pediu-se “oração, encontro, descoberta e fé”, nas palavras do padre Francisco Rodrigues, pároco de S. Pedro. No final, as expressões de quem participou levavam a crer que a mensagem tinha sido assimilada. Para Maria Mendes, “a via-sacra ajuda-nos a compreender aquilo que é o essencial da nossa crença em Cristo. Meditar a morte e ressurreição de Jesus fortalece a nossa Fé e a nossa identidade enquanto cristãos”. O capelão da universidade fez o convite à população para a edição do próximo ano, e também aos grupos de jovens participantes, abençoando-os com a mensagem final: “Ide por todo o mundo”.
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