Bloquistas e PS criticam director do Hospital Amato Lusitano

Depois de ouvir Fernando Regateiro, da Administração Regional de Saúde do Centro, dizer que o processo de criação do Centro Hospitalar da Beira Interior é irreversível, o Bloco de Esquerda de Castelo Branco pediu a demissão do administrador do Hospital Amato Lusitano, José Sanches Pires.

Os bloquistas entendem que de acordo com um documento de Maio de 2006, segundo o qual haveria uma redução de valências, os albicastrenses ficarão privados de um conjunto de especialidades que hoje lhe estão asseguradas. João Carlos Marcelo, presidente da concelhia socialista da capital de distrito, também já criticou os responsáveis do hospital albicastrense por não enumerarem os riscos que a unidade de saúde corre com a criação do futuro centro hospitalar, que agregará os hospitais de Castelo Branco, Fundão, Covilhã e Guarda.
Marcelo diz que ainda não foram dadas garantias de que o hospital Amato Lusitano não venha a sofrer com essa decisão e pede a Sanches Pires que explique quais são as vantagens deste processo.
À comunicação social, no final de Janeiro, o presidente do concelho de administração do Centro Hospitalar Cova da Beira, que engloba as unidades do Fundão e Covilhã, contou que questionou Fernando Regateiro sobre o assunto e que este lhe garantiu que nenhuma das estruturas vai perder qualquer valência que tem actualmente. João Casteleiro explicou que com a criação do Centro Hospitalar da Beira Interior se vão escolher novas valências em função do número de doentes e médicos existentes em cada zona geográfica e que pode levar a uma maior especialização das unidades em determinadas áreas.