Parque industrial do Tortosendo vai crescer

A autarquia da Covilhã vai investir mais de cinco milhões de euros na ampliação do Parque Industrial do Tortosendo. Uma estrutura que tem já os actuais lotes adquiridos por empresas e que por isso mesmo “precisa de crescer”.

A terciera fase da construção do Parque Industrial do Tortosendo está já preparada. Um investimento da autarquia covilhanense que vai rondar os cinco milhões e meio de euros. O social-democrata, Carlos Pinto, que preside à autarquia serrana explica que este investimento surge num altura em que a actual área daquele pólo industrial está completamente preenchida.
Na sessão de câmara do passado dia 16 de Março, foi aprovado o início dos trabalhos que para além das infra-estruturas básicas, como movimentação de terras e arruamentos prevêem ainda a construção de uma passagem superior junto à linha do comboio. Esta ampliação é devida “a um conjunto de investimentos que estamos a discutir para o concelho”, explica Pinto. O social-democrata acredita que no próximo ano, novas empresas podem vir a instalar-se naquele pólo industrial.
Numa altura em que também as duas primeiras empresas apoiadas pelo Parkurbis vão sair para uma sede própria. Estas duas empresas, uma do ramo da biotecnologia e outra da mecânica automóvel vão agora fixar-se no Parque Industrial do Tortosendo, depois de terem “nascido” no edifício do Parque de Ciência e Tecnologia. O autarca avança também que até meados do próximo ano conta ter já “a funcionar” o Parkurbis incubadora. Um edifício que vai surgir junto às actuais instalações do Parque de Ciência e Tecnologia e que visa dar apoio aos novos projectos que queiram vingar no concelho.
Investimentos feitos numa data “em que o Governo nada tem feito pela Covilhã”. No final da sessão de câmara, o autarca social-democrata teceu duras críticas ao chefe do executivo governamental por “estar em falta para com esta cidade”. A nova estrada para Coimbra, o Casino da Penhas da Saúde e até o próprio Parkubis – que nunca mereceu a visita do chefe do Governo nem de nenhum dos seus ministros – são exemplos, na óptica do social-democrata, “do que está em falta para esta região”.
Quando José Sócrates completa dois anos à frente do governo, Pinto dá nota negativa em quase todas as áreas. A mais recente é a da Agricultura. Sobre a nomeação de Rui Moreira para director da Região Agrária do Centro, Carlos Pinto diz apenas que tomou conhecimento “de que foi nomeado para director aqui na Região Centro, alguém que do ponto de vista da gestão da agricultura na Beira Interior está ao nível da situação de lástima da agricultura em geral”. O social-democrata adiantou ainda que Moreira “é alguém que persegue câmaras, dedica-se ao tiro ao alvo às câmaras, alguém que está mais interessado de a partir de um departamento de agricultura tratar de questões de urbanismo municipal do que empresas de transformação de fruta aqui na nossa zona não vão comprar matéria-prima ao estrangeiro”.