Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 372 de 2007-03-20 |
Empresários pagam novas ideias
O Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã (Parkurbis) recebeu os membros da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA). Divulgar os apoios existentes às novas ideias e dar alguns exemplos de empresas recém-criadas foram objectivos deste evento.
> Eduardo AlvesCriada há pouco mais de duas semanas, a Associação de Investidores de Capital de Risco da Covilhã é vista como uma das mais promissoras pelos seus parceiros nacionais. Quem o afirma é Francisco Banha, presidente da Federação Nacional de Associações de Businesse Angels (FNABA).
O responsável máximo pela instituição que representa os empresários disponíveis a apoiar novas empresas e ideias foi quem abriu os trabalhos da Semana Nacional de Associações de Bussiness Angels na Covilhã. Um evento que decorreu durante toda a passada semana e que percorreu algumas das cidade que acolhem associações de investidores, como a Covilhã, Lisboa, Faro e outras.
Esta iniciativa serviu sobretudo, nas palavras de Francisco Banha, “para dar um pouco mais de informação e projectar a importância dos business angels”. Empresários informais que investem e prestam apoiam a jovens empresários e ideias de negócios que ainda estão em fase embrionária. Neste momento, existem cinco associações cujo intuito é prestar ajuda à criação de empresas. Para além do suporte financeiro para o arranque da empresa, “um business angels é também muito importante pelos conhecimentos que tem do mercado e do mundo dos negócios”, explica o responsável máximo pela FNABA.
Também José Robalo, presidente da Associação Nacional de Industriais de Lanifícios (ANIL) e um dos membros da Associação de Investidores de Capital de Risco da Covilhã partilha da mesma opinião. Segundo Robalo, um dos papéis mais importantes dos business angels passa pelo conhecimento e pelos contactos que já trazem do mundo empresarial. Esta associação recém-criada na Covilhã e que trabalha numa estreita parceira com o Parkurbis está disposta a apoiar financeiramente projectos que se revelem originais e “com possibilidade de vingar no mercado”. Neste momento a associação “está já a dar seguimento às primeiras propostas que recebeu”. Cerca de 20 empresários estão nesta entidade e “estão abertos para disponibilizar fundos que suportem novas empresas e projectos arrojados que muitas das vezes, a banca e outros investidores não apoiam”. Nesse sentido, “a Covilhã é um exemplo”, sublinha Francisco Banha. O presidente da FNABA garante que na cidade dos lanifícios “existe um número significativo de bons empresários e de responsáveis que detêm um vasto conhecimento e diversos contactos sobre o mercado nacional e estrangeiro”.
Esta semana nacional, para além de divulgar o intuito e as potencialidades dos “anjos de negócio” serviu também para delinear metas. O presidente da FNABA adiantou, na Covilhã, que quer alcançar a fasquia dos 1000 business angels. Banha quer ter cerca de um milhar de empresários a apoiar novos projectos, “até ao final do ano”. Este responsável garante que estão já a ser dados passos para criar mais associações de investidores no País e através dessas estruturas, “conseguir ajudar a vingar projectos e ideias inovadores e servir de base aos empreendedores nacionais”.
De momento são cerca de 200 os investidores nacionais em novas ideias. Para além de casos concretos, de empresas apoiadas por “business angels” como a Mirakon, que esteve presente no Parkurbis, Francisco Banha recordou a importância do “capital semente”, em projectos mundiais, “como foi o caso do Google ou da Amazon”. O intuito do “capital semente” cedido por estes investidores informais é muitas vezes o único a ser dado a projectos inovadores “que de outra forma não conseguiriam sair do papel”.
Com os olhos postos nas novas ideias e no crescimento do número de business angels, a FNABA organiza já nos próximos dias 16 e 17 de Abril, um Congresso Europeu de Business Angels. Um evento que terá lugar no Estoril e que vai ter como objectivo fundamental debater as estratégias deste sector e as novas formas de apoio a ideias inovadoras.
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