Voltar à Página da edicao n. 370 de 2007-03-06
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O distrito de Castelo Branco continua a revelar altas taxas de desemprego

Região continua com elevadas taxas de desemprego

O Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI acaba de tornar público mais um relatório sobre o desemprego na Beira Interior. Castelo Branco e Guarda continuam a registar taxas elevadas.

> Eduardo Alves

Caracterização do Desemprego na Beira Interior no Triénio 2004-2006 é o título do mais recente relatório produzido pelo Observatório Para o Desenvolvimento Económico e Social da UBI. José Pires Manso e Daniela Gomes Leitão assinam este “working paper”. Um trabalho onde se caracteriza o desemprego na Beira Interior no período compreendido entre 2004 e 2006.
Segundo o documento “a situação mais preocupante se tem vivido no distrito de Castelo Branco”. Este distrito registou no passado mês de Novembro o número mais elevado de desempregados nos últimos anos, 9469 pessoas encontravam-se então sem trabalho. Nesta altura, “o número total de desempregados é significativamente superior ao registado no distrito da Guarda; de facto, em Dezembro de 2006 o número de desempregados no distrito de Castelo Branco era 33 por cento superior ao registado no distrito da Guarda”, adianta o relatório. O aumento de desempregados nos últimos dois anos, no distrito de Castelo Branco subiu de perto de oito mil pessoas em 2004, para 9190, no último mês de 2006.
Um outro facto apontado por este estudo diz respeito ao concelho da Covilhã. Segundo os números recolhidos por estes dois investigadores, “o concelho onde se registaram os valores mais elevados de desemprego foi o da Covilhã”. Desta forma, “conclui-se que a taxa de desemprego no distrito de Castelo Branco era superior, não só à taxa de desemprego no distrito da Guarda, como também se mostrava superior à taxa de desemprego observada no total da Beira Interior e da Região Centro, aproximando-se, ainda da taxa de desemprego nacional”, dizem os autores deste documento.
Pires Manso e Daniela Leitão apontam ainda para um outro facto. Segundo estes dois investigadores “as diminuições do número de desempregados nem sempre correspondem a uma redução real do desemprego, ou seja, nem sempre traduzem a criação de novos postos de trabalho”. Isto porque “podem existir casos em que a diminuição do número de desempregados esteja relacionada com a frequência de acções de formação profissional, levadas a cabo pelo IEFP, ou outras entidades, sejam elas cursos de formação, programas ocupacionais ou estágios profissionais, pois os desempregados inscritos nos Centros de Emprego e que estejam a frequentar este tipo de acções deformação não são considerados desempregados para fins estatísticos”.
O estudo conclui ainda que, perante este “cenário pernicioso”, em termos de taxas de desemprego, assume-se como uma necessidade “a constituição de um plano estratégico de desenvolvimento que estabeleçam como prioritária a qualificação dos recursos humanos”. Uma recondeção também inserida “na Agenda para o Potencial Humano”.


O distrito de Castelo Branco continua a revelar altas taxas de desemprego
O distrito de Castelo Branco continua a revelar altas taxas de desemprego


Data de publicação: 2007-03-06 14:31:42
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