Voltar à Página da edicao n. 370 de 2007-03-06
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A mais recente peça do Teatr'UBI conta com encenação de António Abernú

TeatrUBI de regresso com “PLAGIAI”

PLAGIAI é uma co-produção do Grupo de Teatro da Universidade da Beira Interior e da Associação de Teatro e outras Artes, que estreou no passado dia 1 de Março no Teatro-Cine da Covilhã. Encenada por António Abernú, esta peça fala-nos dos sete pecados mortais.

> Vânia Rodrigues

É ao som de uma leve melodia que cinco pessoas irrompem em palco e vão criando situações alegóricas aos demónios do corpo, e à essência de cada pecado mortal. Uma peça espontânea, íntima e original, que vai até ao interior do espectador e dá-lhe o livre-arbítrio de interpretar cada pecado consoante as suas características e experiências de vida.
Este espectáculo, produzido pelo Teatro da Universidade da Beira Interior (TeatrUBI) e pela Associação de Teatro e outras Artes (ASTA), estreou no passado dia 1 de Março, pelas 21h30, no Teatro-Cine da Covilhã.
Preguiça, luxúria, avareza, gula, ira, arrogância e inveja são representadas numa sensibilidade e profundidade únicas através da expressão corporal de cinco personagens, num lugar onde as palavras são inexistentes, tornando esta obra “mais verdadeira e universal”.
Palavras de António Abernú, convidado pelo Teatrubi para ensaiar esta que foi a sua primeira produção em teatro sem texto. Em relação ao tema da peça, o encenador explicou que este surgiu “de repente, «não havia qualquer tipo de ideia definida quando cheguei aqui. Apenas sabia que iria existir pouco texto, devido ao facto de eles irem em digressão para fora do país».” A construção da história decorreu num processo que, segundo o próprio, foi «“um bocadinho mutante», as ideias «iam surgindo na própria hora dos ensaios».”
Para Rui Pires e Graça Faustino, dois dos actores da peça, esta foi “uma experiência muito gratificante. Fizemos previamente uma pesquisa sobre o tema da peça no cinema, na literatura (inclusive na Bíblia), e procurámos depois construir imagens no palco e levar as pessoas a interpretá-las. Julgo que conseguimos isso”.
Objectivo inteiramente alcançado perante o agrado nas faces dos presentes. Abel Silva, um dos espectadores, demonstrou plena satisfação neste tipo de teatro experimental e referiu que os actores “conseguiram transmitir bem ao público a natureza de cada pecado mortal”. Rui Pires acrescenta que “a fronteira entre cada pecado é
muito ténue, «eles acabam por se interligar e misturar. Não há história, cada pessoa é que constrói ao longo da peça a sua história. Torna-se rico por isso».” Os sete pecados mortais são interpretados por Gabriel Travasso, Graça Faustino, Mafalda Morão, Rui Pires e Sérgio Novo.
“PLAGIAI” irá mais uma vez ocupar o palco do Teatro-Cine nas próximas noites 14 e 15, durante o Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior que decorre entre os dias 14 e 27 de Março. Este evento contará com a participação de 12 companhias teatrais, entre as quais algumas espanholas e uma venezuelana.


A mais recente peça do Teatr'UBI conta com encenação de António Abernú
A mais recente peça do Teatr'UBI conta com encenação de António Abernú


Data de publicação: 2007-03-06 00:10:00
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