Voltar à Página da edicao n. 370 de 2007-03-06
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Alunos de Arquitectura em protesto

Revoltados com o atraso nas obras das novas salas de aulas e pedindo "melhores meios técnicos e mais e melhores recursos humanos", estudantes de Arquitectura manifestaram-se na última quarta-feira

> Cátia Felício

O atraso nas obras das novas salas de aula para o curso de Arquitectura levou os estudantes a faltarem às aulas e a organizarem um protesto no dia 28 de Fevereiro. Pedro Martins, presidente do Núcleo de Arquitectura da Universidade da Beira Interior reinvidica “mais e melhores meios técnicos e mais e melhores recursos humanos”.
Enquanto de manhã os alunos se manifestaram na rua, durante a tarde reuniram-se no anfiteatro 6.1 da UBI para discutir a actual situação do curso de Arquitectura e quais os planos para o futuro desta licenciatura. Nesta assembleia, realizada dia 28 de Fevereiro, estiveram presentes José Barros Gomes, director do curso de Arquitectura, Vítor Cavaleiro, presidente da faculdade de Ciências da Engenharia e Luís Ferreira Gomes, presidente do departamento de Engenharia Civil e Arquitectura da UBI.
”Esta manifestação vem no seguimento de vários abaixo-assinados e reuniões das quais os alunos pensam que não resultou nenhuma resposta em concreto”, justificou Pedro Martins.
Vítor Cavaleiro garantiu estar do lado dos alunos e disse que “esta assembleia já devia ter existido há mais tempo”. José Barros Gomes assegurou que é necessário criar uma dinâmica e defendeu que “em termos profissionais, é preciso que os alunos estejam à altura do que se faz no estrangeiro”. E, também por isso, apela a melhorias no curso.
Apesar de não concordar com a manifestação, Luís Ferreira Gomes disse concordar com a realização da assembleia. Garante ainda ser importante ter mais professores catedráticos no curso de Arquitectura na UBI. “Se não conseguirmos ter um corpo docente estável isto não tem futuro”, nota.
Os alunos queixam-se de uma vertente demasiado técnica e pouco virada para a arte, defendendo que o curso de Arquitectura precisa de mais peso na componente artística. Na assembleia focou-se ainda a falta de dinheiro para o curso de Arquitectura investir em material técnico, que os alunos dizem ser fundamental.
Além da falta de salas, Pedro Martins falou na hipótese de criar um departamento ou uma faculdade de Arquitectura que não seja totalmente independente de Civil. “Seriam dois apartamentos independentes que se apoiariam mutuamente”, nota.
O reitor da UBI não pôde estar presente na assembleia, por se encontrar em Coimbra, mas Vítor Cavaleiro garantiu que todos os pontos focados na reunião ser-lhe-iam transmitidos. A próxima assembleia ficou marcada para dia 14 de Março.

 






Data de publicação: 2007-03-06 00:00:01
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