Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 370 de 2007-03-06 |
As potencialidades do ferro fundido
Aurélio Reis apresenta resultados sobre a fadiga de camisas de refrigeração de ferro fundido em motores diesel sobrealimentados
> Cátia FelícioO ferro fundido tem um comportamento frágil, mas também excelentes características para o componente em causa. É sobre esta perspectiva que Aurélio Reis defendeu, dia 1 de Março, a tese de doutoramento “Projecto à fadiga de camisas de refrigeração de ferro fundido em motores diesel sobrealimentados”.
O trabalho, no ramo de Engenharia Mecânica, mostra que “é por ter boas características e ser um material que em termos de resistência à fadiga não se pode considerar um bom material, que nós tentámos melhorar”.
Um dos aspectos do ferro fundido é ser mais barato que outros materiais. Apesar disso, há pontos contra. “O assunto foi testado num caso concreto de uma camisa que já existe e que pertence a um motor que é utilizado como propulsor de navios. E a conclusão a que cheguei é que a camisa não terá tão boa fiabilidade como seria de desejar”. Nesse sentido, o autor da tese diz que são, por isso, apontadas soluções para que esse aspecto seja melhorado.
Qual a novidade deste trabalho? Aurélio Reis diz que há inovação na forma como se estrutura as ferramentas em causa, “no sentido de rapidamente concluir a fiabilidade do componente ou não”.
A tese demorou perto de cinco anos a ser elaborada. “Na área da engenharia, onde existe trabalho experimental, analítico e numérico o tempo ultrapassa muitas vezes aquilo que nós desejaríamos”.
Depois desta investigação, Aurélio Reis revela planos para o futuro. Pretende seguir com o tema e diz que “a tese abriu perspectivas no sentido de criar campos de investigação que, por um lado, melhorem o comportamento do ferro fundido perspectivados nessa vertente”. E, acrescenta, “por outro lado, também tentar arranjar soluções rápidas que permitam analisar este material, este componente em outros motores”.
A tese teve como arguentes Carlos Branco, professor catedrático do Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, e Filipe da Silva, professor auxiliar da Universidade do Minho.
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