Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 370 de 2007-03-06 |
Empresas portuguesas recorrem ao auto financiamento
Márcia Rogão apresenta, em tese de mestrado, qual o tipo de comportamento adoptado pelas empresas portuguesas
> Cátia Felício“Determinantes da Estrutura de Capitais das Empresas Cotadas Portuguesas: Evidência Empírica usando Modelos de Dados em Painel” foi a tese de mestrado defendida por Márcia Rogão no dia 22 de Fevereiro. A prova decorreu no Pólo IV da Universidade da Beira Interior (UBI).
A novidade desta tese, de acordo com a autora, surge no campo empírico. “Aborda uma nova teoria que foi introduzida por autores a nível internacional”, diz Márcia Rogão. E explica que “é um estudo que está a ser aplicado a nível internacional: já foi aplicado em Espanha, na Suiça, nos Estados Unidos e torna-se inovador porque é a primeira vez que é aplicado ao mercado de capitais das empresas portuguesas”.
O estudo consiste em identificar o tipo de comportamento que as empresas portuguesas seguem. Em análise está se as empresas optam pelo nível óptimo de endividamento, se recorrem mais ao auto financiamento ou se exploram a sobrevalorização do mercado de acções.
Márcia Rogão apresenta as conclusões deste estudo e revela que a maioria das empresas portuguesas recorrem inicialmente ao auto financiamento. A explicação está “no facto de, em Portugal, o tecido empresarial ser essencialmente PME’s [pequenas e médias empresas] e de haver um grande tradicionalismo em recorrer à banca”.
Depois de trabalhar na parte teórica da tese, as complicações surgiram quando passou à prática. Márcia Rogão diz que teve muitas dificuldades na obtenção dos dados. “A nossa universidade deixa muito a desejar a nível de base de dados. Pagamos propinas e não temos base de dados”. Este entrave implicou a procura de base de dados fora da UBI e de idas a Lisboa, tendo sido “muito dispendioso”. Se seguir para doutoramento, pretende seguir com o tema que usou para a tese de mestrado.
Elísio Brandão, professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade do Porto foi o arguente desta tese. Do júri fizeram ainda parte Zélia Carrasqueiro e Paulo Nunes, ambos professores auxiliares da UBI. A tese de mestrado foi aprovada com a classificação de muito bom.
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