Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 369 de 2007-02-27 |
Jovens Músicos animam Teatro-Cine
O Quinteto de Sopro da Escola Profissional de Artes da Beira Interior (EPABI) escolheu alguns temas do seu repertório para animar o serão de 23 de Fevereiro. O concerto foi breve, mas prometem-se novas iniciativas.
> Ana AlbuquerqueAproximar-se do público covilhanense e mostrar algum do trabalho realizado na EPABI eram os objectivos do grupo de alunos. Os estudantes de instrumentos de sopro, acompanhados por dois colegas percussionistas, actuaram no hall do Teatro-Cine da Covilhã, na noite de sexta-feira. A convite do Teatro, este grupo de estudantes de música tocaram alguns clássicos, como o tango russo e outras peças dramáticas.
Para Andreia Batista (flauta transversal), João Barroso (oboé), Luís Santos (trompa), Tiago Rabaça (clarinete) e José Domingues (fagote) a experiência é enriquecedora pelo “contacto com o público e pelo à-vontade que se consegue”. “Contactar com o público permite habituarmo-nos à sua presença, treinando-nos até mesmo para o momento da avaliação”, considera, a este respeito, a única rapariga do grupo.
Sons fortes, quentes e intensos contrastaram com o mármore frio do espaço. A isto juntou-se o ambiente acolhedor e a acústica da sala, que a própria instrumentista destaca pela positiva. A fraca afluência, que se pode justificar pelo final da semana e pelo frio na rua, confirmou aquilo que Tiago Rabaça lamenta: “O público da Covilhã é pouco receptivo à música e à cultura em geral”, diz o clarinetista.
O reconhecimento que não vêem na população, recebem-no da EPABI. Andreia Batista e Tiago Rabaça sentem-se apoiados pela Escola, mas reclamam por melhores instalações. “No Inverno chove lá dentro como chove na rua, e temos de estudar nas nossas casas porque não há espaços”, lamenta a flautista. Os estudantes gostavam também que outros músicos viessem à Covilhã. Para Tiago Rabaça, essa seria “uma boa forma de aprender mais e interagir” com os profissionais da área.
As perspectivas de futuro para estes jovens resumem-se ao desejo de ingressar numa Escola Superior de Música onde possam aprofundar um gosto, neste caso pelos instrumentos de sopro, que em alguns casos vem desde a infância. Andreia Batista relembra a influência de uma professora de outros tempos, acrescentando que “quando toquei pela primeira vez flauta saiu logo som”. Quanto ao futuro profissional, esse poderá passar pelo ensino da música ou por tocar profissionalmente. Da parte do público presente ficou a vontade de assistir a eventos similares mais frequentes.
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