Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 369 de 2007-02-27 |
Empresários pedem mais inspecção aos têxteis chineses
É da Covilhã que agora se levanta a voz contra os produtos, nomeadamente do sector têxtil, oriundos da China. No entender da Federação da Indústria Têxtil e do Vestuário de Portugal, os produtos com origem naquele país nem sempre cumprem as regras.
> Eduardo AlvesO industrial covilhanense José Robalo preside a Federação da Indústria Têxtil e do Vestuário. Foi também a figura escolhida por diversos empresários para denunciar aquilo que julgam ser “uma série de ilegalidades” cometidas pelos industriais têxteis chineses.
Segundo Robalo, o organismo a que preside foi alertado por empresários portugueses do ramo têxtil, para o facto de “uma série de produtos chineses, entre os quais fios para tricot e vestuário” se encontrarem à venda no mercado mas não corresponder ao que indica a rotulagem destes. Em declarações ao Diário XXI, Robalo acrescenta ainda que “também as normas de etiquetagem dos mesmos produtos não estão a ser seguidas”. Por estas razões, a Federação da Indústria Têxtil decidiu avançar com uma queixa contra diversos importadores de produtos chineses.
Robalo, em nome dos industriais portugueses pede agora mais fiscalização à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE). Sobretudo depois de “nós termos comprado fios chineses para tricot na Covilhã, vendidos como fios de lã, mas com uma posterior análise nos laboratórios constatou-se que esses mesmos fios não tinham uma grama de lã sequer”. O presidente da Federação da Indústria Têxtil adianta que este tipo de produtos “para além de estarem a prejudicar a indústria nacional estão também a enganar os possíveis compradores”.
Depois da denúncia feita junto das autoridades competentes, José Robalo espera agora um reforço na vigilância e fiscalização deste tipo de produtos. O presidente da Federação da Indústria Têxtil diz que estão denunciados casos específicos e a ASAE só não irá actuar se não quiser.
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