Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 368 de 2007-02-20 |
Com o filme “As cartas de Iwo Jima”, Clint Eastwood leva-nos a mergulhar na história dos soldados japoneses e do seu general, que há 61 anos se defenderam da invasão dos exércitos americanos na ilha de Iwo Jima.
Algumas décadas depois, várias centenas de cartas são desenterradas do local. As cartas dão um rosto e uma voz aos homens que ali combateram e que aí perderam a vida.
Entre eles estavam Saigo, um padeiro que só queria conhecer a filha recém-nascida; um campeão Olímpico de hipismo conhecido em todo o mundo; um jovem ex-agente da Polícia Militar cujo idealismo ainda não foi posto à prova pela guerra; e o tenente Ito, um militar que preferiria o suicídio à rendição. A liderá-los, o general Tadamichi Kuribayashi (Ken Watanabe). As viagens daquele general pela América revelaram-lhe a natureza vã da guerra, mas também lhe deram a visão estratégica necessária para enfrentar a armada americana.
Apesar de ter poucos meios e poucos soldados, há uma vontade indomável de vencer. O general tira partido das particularidades da ilha e consegue transformar aquilo que se previa como uma derrota rápida num combate heróico.
Em Iwo Jima morreram quase sete mil soldados americanos e mais de 20 mil japoneses. Contando histórias diferentes, segundo perspectivas diferentes e com uma linguagem diferente, "Letters From Iwo Jima" e "As Bandeiras dos Nossos Pais" são o tributo de Eastwood a todos os que perderam a vida dos dois lados do conflito. O realizador pretendeu apresentar os dois lados da história e propor uma nova forma colectiva de analisar profundamente um acontecimento que tanto afectou a história dos dois países.
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