Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 366 de 2007-02-06 |
O regime nacionalista, autoritário e, sobretudo, repressivo marcou os mais de 30 anos de governo de António de Oliveira Salazar. O ditador que marcou Portugal deixou também sinais profundos na vida de muitas pessoas. O punho de ferro foi apertando a expressão colectiva e individual e desmobilizou a participação cívica dos portugueses, facto que criou uma única e determinada imagem do País.
Aquilo que o ditador pretendia passar era a imagem de um território sem problemas, nem fome, nem conflitos ou miséria. Mas todos aqueles que tinham fome e desejo de expressão e liberdade nunca se conformaram com esta situação. Muitos viviam amordaçados pelo lápis azul da censura, controlados por escutas telefónicas ou pela violação do seu correio. Os agentes da PIDE serviam de braço e de chicote a Salazar. Através das torturas do sono e da estátua, dos julgamentos fantoches e dos campos de concentração, tudo era permitido.
Uma obra fantástica e enriquecida por ficheiros, dados e relatos de quem sofreu na pele todas as atrocidades cometidas pelo fascismo é agora apresentada. As Vítimas de Salazar são mulheres e homens com rosto, com vida e com dignidade. Mais uma prova para que o mundo não esqueça o que foi a longa noite escura.
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