Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 364 de 2007-01-23 |
Todos pelo “Sim”
A Comissão de Igualdade de Oportunidades entre Mulheres e Homens da União de Sindicatos de Castelo Branco (USCB) manifestou a sua “intenção de voto” no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro. Segundo os responsáveis por este organismo “o sim tem de vencer”.
> Eduardo AlvesMuitas razões existem, no entender de Maria de Jesus Amorim, coordenadora da Comissão de Igualdade da USCB, para apoiar o voto no “Sim” no referendo do próximo dia 11 de Fevereiro. Para além de estarmos perante “uma lei desadequada da realidade social, que empurra as mulheres para o aborto clandestino”, para além “da necessidade urgente da resolução deste grave problema de saúde pública” a Comissão de Igualdade desta estrutura sindical defende que “a despenalização da Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) é uma questão de justiça e de respeito pela dignidade das mulheres”.
Por estas razões, a USCB juntou-se ao “Movimento pelo Sim! A mulher decide, a sociedade respeita, o Estado garante”. Um apoio que vai passar sobretudo “pelo contacto com os trabalhadores no sentido de lhe transmitir a importância da sua participação no referendo”. A dirigente sindical adianta que a estrutura decidiu apoiar o “Sim” porque o panorama actual que se vive no nosso País é caracterizado por “uma lei que incrimina, acusa e condena a mulher”.
E são as mulheres, “as mais afectadas por toda esta situação”. Maria de Jesus Amorim garante que “na região existem empresas que obrigam as suas funcionárias a entregar periodicamente análises que comprovem que não estão grávidas”. Uma situação que tem vindo a ser acompanhada de perto pelo movimento sindical. A juntar a tudo isto está o “mau funcionamento” do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Maria de Jesus Amorim recorda que há oito anos “fazia-se a promessa de que o SNS iria dar respostas claras a esta problemática, com Planeamento Familiar e Educação Sexual nas escolas”. Passado todo este tempo, a realidade ao nível deste tipo de apoio para as mulheres “está pior”, acrescenta.
A estrutura sindical sublinha ainda que “é justo respeitar as convicções e opiniões que possam não estar de acordo com as nossas”, mas no próximo dia 11 de Fevereiro “o direito à liberdade de decisão das mulheres tem de estar acima de tudo”. A USCB vai agora integrar todas as acções do Movimento pelo Sim e seguir as directrizes destra organização até o referendo nacional.
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