Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 364 de 2007-01-23 |
Câmara da Covilhã evoca interesse público
Na sequência da providência cautelar avançada pelo Bloco de Esquerda, a autarquia aprovou uma declaração de “interesse público” para a venda de 49 por cento da ADC
> Cátia Felício
Face à providência cautelar apresentada pelo Bloco de Esquerda (BE) no tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco, com o objectivo de impedir a venda de 49 por cento da empresa municipal Águas da Covilhã (ADC), Carlos Pinto decidiu seguir o conselho do assessor jurídico da autarquia e “prevenir-se”. A declaração apresentada pelo presidente da Câmara Municipal de Covilhã na última reunião do executivo justifica o interesse público do negócio. O documento foi aprovado pela maioria social-democrata, com os votos contra dos vereadores do PS.
De acordo com o presidente da autarquia, a providência cautelar é “manifestamente infundada e injustificada”. E acrescenta: “para além de clamorosamente gravosa para o interesse público”. Carlos Pinto diz ainda que a Covilhã é um centro urbano de grande importância na Beira Interior e que, “do ponto de vista do interesse público, tem necessidade de adaptar-se aos tempos modernos e de adoptar formas de gestão de investimento que optimizem os limitados recursos que o município dispõe”.
O edil adianta que o município tem necessidade de realizar investimentos avultados e que tal é urgente para garantir a saúde pública da população. Alega também, na declaração, que se não forem vendidos os 49 por cento da ADC será prejudicial para o interesse público.
A reunião pública da autarquia da Covilhã, realizada sexta-feira, dia 18, ficou marcada pelo regresso do vereador socialista Vítor Pereira, que manteve um diálogo aceso com Carlos Pinto. Endividamento e “o tempo presente” foram alguns dos temas debatidos.
José Serra dos Reis não deixou passar em branco o trabalho jornalístico (e não científico) sobre as 15 melhores cidades portuguesas para se viver, publicado no jornal Expresso. O vereador socialista diz que há que ver os pontos positivos e negativos do estudo. Destaca a avaliação negativa no que toca ao parâmetro “governança e cidadania”, um dos 20 itens em análise. De acordo com o presidente, os jornalistas do jornal Expresso “foram aos sites e viram o grau de participação” de quem aqui vive. Referindo pontos onde a Covilhã se destacou, salienta que “é uma terra onde se estaciona com facilidade”. E frisa que: ”Há 15 anos atrás a Covilhã não ficava nesta posição. Obstruída, sem zonas verdes, espaços que permitam respirar. Isto é o resultado do desenvolvimento”.
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