Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 364 de 2007-01-23 |
A classificação da Covilhã no conjunto de 50 cidades no estudo do Expresso pode funcionar como pólo de atracção para novos investimentos de ordem económica, cultural e turística. O 14º lugar à frente de Leiria e Viseu, por exemplo, confere-lhe vantagens evidentes. Somar esta atracção ao potencial da Serra da Estrela abre perspectivas que será um erro não explorar.
O facto de a classificação ser a melhor entre as cidades da Beira Interior também lhe confere uma responsabilidade acrescida. Que deve ser alavanca de mobilização para o futuro.
A atracção estudantil de todo o País com o epicentro na Universidade da Beira Interior e que o estudo enfatiza, é um dado a ter em conta nas actividades da Covilhã. Aliás, quando chegam as férias, nota-se a diferença no consumo e na animação citadina. Mas ao terminarem os seus cursos, alunos por cá ficam. E não será futurologia dizer que o facto se tornará mais notório com a Faculdade de Medicina.
O desempenho económico, um dos critérios de análise, dá à Covilhã uma pontuação igual a Évora e Guimarães, cidades ricas em património. E Évora é capital de distrito. Uma posição muito confortável. Mesmo com a crise dos lanifícios é de ter em conta este dado.
De realçar igualmente são os equipamentos sociais, área em que a Covilhã é apenas ultrapassada por Lisboa, Coimbra e Porto. O que é uma situação invejável.
É verdade que há itens onde deve haver progressos como na governança e cidadania. Então, há que procurar novos caminhos nesta área.
O estudo resulta de um trabalho de cinco jornalistas que durante quase dois meses percorreram as 50 cidades usando 20 critérios de avaliação com a ajuda de especialistas. Os autores esclarecem: “Não se trata de um trabalho científico mas apenas jornalístico, o que não significa menos sério”. E todos sabemos que os jornalistas habitualmente são exigentes. Claro, como é observado no estudo, a avaliação acarreta sempre um grau de subjectividade.
Poderia haver outros critérios que talvez nos dariam um retrato mais fiel. E mais científico. Louva-se a iniciativa dos jornalistas que assim nos deram uma primeira amostra das grandes cidades do País e das suas cidades médias.
Mas o valor do estudo não sai diminuído. E permanece como um documento importante. Documento que atesta a vitalidade de uma cidade média na Serra da Estrela.
Esta classificação faz bem ao ego e constitui um desafio para que todos façamos da Covilhã com maior empenho ainda uma cidade onde seja cada vez mais agradável viver. E tenhamos a qualidade de vida pela qual todos almejamos.
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