Estimar densidades usando onduletas

Durante mais de dois anos Jorge Gama investigou a qualidade e estimação das densidades usando onduletas. Na prova de doutoramento apresenta uma nova panorâmica

“Essencialmente dá uma panorâmica diferente da que já existia – antes era simplesmente para valores esperados. E agora temos para probabilidades de grandes desvios e até temos um teorema de limite central para estes casos”. Esta é a novidade trazia por Jorge Gama na tese de doutoramento “Teorema limite e desigualdade exponencial na estimação de densidades usando onduletas”. De acordo com o autor da tese, a inovação está patente no que toca à qualidade e estimação das densidades usando onduletas. A tese de doutoramento foi defendida quarta-feira, dia 10, na Sala dos Actos, na Reitoria da Universidade da Beira Interior (UBI).
No que consiste este trabalho? “Simplesmente estimar funções”, diz o doutorado, explicando que se trata de funções de densidade, isto é, funções de probabilidade. E acrescenta: “Probabilidades do dia-a-dia desde que sejam continuam ou de tipo contínuo podem ser estimadas a partir destas entidades que se chamam onduletas. E portanto este trabalho tem a ver exactamente com a qualidade deste tipo de estimação”.
A investigação durou entre dois a três anos. A maior dificuldade com que se deparou na elaboração deste trabalho foi com um dos teoremas por ser “muito complicado e muito técnico, porque envolve muitos cálculos e é difícil de compreender”, explica. Passo seguinte é melhorar alguns detalhes da tese e até “generalizar um dos problemas para um caso de espaços mais amplos e mais difíceis também”. A tese foi aprovada e teve como arguentes Paulo Neves de Oliveira (FCTUC) e Luísa Amaral (UBI).