Estatuto Editorial | Editorial | Equipa | O Urbi Errou | Contacto | Arquivo | Edição nº. 362 de 2007-01-09 |
Distrito “precisa” de mais Cuidados Paliativos
O director da Unidade de Cuidados Paliativos do Hospital do Fundão defendeu na passada semana a criação de uma segunda unidade para doentes terminais no distrito de Castelo Branco para garantir um maior acompanhamento das famílias.
> Notícias da CovilhãA única unidade doentes terminais no distrito de Castelo Branco funciona no Fundão, o que dificulta a prestação de cuidados a quem vive nos concelhos mais afastados, como Vila Velha de Ródão, Proença-a-Nova ou Sertã.
“Nos cuidados paliativos lidamos com doenças avançadas e que se aproximam do termo da vida. É uma altura em que os doentes também devem ser acompanhados por familiares. Por isso, não os devemos afastar das zonas de domicílio”, sublinha o director, Lourenço Marques. “Os estudos recomendam a existência de 20 camas de cuidados paliativos por cada 200 mil habitantes. No distrito de Castelo Branco existem apenas dez, instaladas a norte, no Fundão, pelo que se justificam, pelo menos, outras dez, a sul”, explica o responsável, sem apontar no entanto qualquer localização específica.
“Como médico desta área, cabe-me alertar para a situação, mas não é o meu papel indicar onde devem funcionar”, refere. A Unidade Cuidados Paliativos do Fundão tem dez camas, funcionando nas instalações do Centro Hospitalar da Cova da Beira, e recebe doentes de todo o distrito. Nos primeiros 10 meses de 2006, a unidade cuidou de cerca de 300 doentes, dos quais 200 precisaram de internamento.
No entanto, segundo Lourenço Marques, só no distrito de Castelo Branco, cerca de 500 pessoas morrem anualmente por causas oncológicas, além de existirem pessoas com outras doenças terminais que requerem também cuidados paliativos.
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